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Repórter Brasília

- Publicada em 18 de Maio de 2021 às 03:00

CPI da Covid

Para o presidente da CPI, Omar Aziz, o habeas corpus obtido pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello "muda muito" o resultado da comissão de inquérito

Para o presidente da CPI, Omar Aziz, o habeas corpus obtido pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello "muda muito" o resultado da comissão de inquérito


EDILSON RODRIGUES/AGÊNCIA SENADO/JC
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve, na terceira semana de depoimentos, duas peças chaves para esclarecer alguns pontos da crise da Covid-19. Dois ex-ministros: o polêmico Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, nesta terça-feira (18), e Eduardo Pazuello, o ministro que mais tempo ficou no comando da Saúde, mesmo com as limitações impostas pelo habeas corpus que o desobriga de falar sobre si, concedido pelo Supremo, é peça fundamental para esclarecimento dos fatos. Seu depoimento será nesta quarta-feira (19).
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve, na terceira semana de depoimentos, duas peças chaves para esclarecer alguns pontos da crise da Covid-19. Dois ex-ministros: o polêmico Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, nesta terça-feira (18), e Eduardo Pazuello, o ministro que mais tempo ficou no comando da Saúde, mesmo com as limitações impostas pelo habeas corpus que o desobriga de falar sobre si, concedido pelo Supremo, é peça fundamental para esclarecimento dos fatos. Seu depoimento será nesta quarta-feira (19).
Depoimento do general
Para o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM, foto), o habeas corpus obtido pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello "muda muito" o resultado da comissão de inquérito. Mesmo assim, dos quatro ministros que comandaram o Ministério da Saúde durante a pandemia, mesmo não falando tudo o que sabe, o depoimento do general é o mais esperado pelos congressistas.
Hora do equilíbrio
Na opinião de Omar Aziz, "uma série de problemas que teriam sido responsabilidade do general, infelizmente a gente não vai ter como saber". Na avaliação do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, "todos que passaram pela CPI, com exceção do presidente da Anvisa (Antônio Barra Torres) e do executivo da Pfizer (Carlos Murillo), omitiram informações". Segundo ele, "é hora de termos um pouco de equilíbrio e não colocar tudo a perder". Referia-se a decisões mais drásticas, como o depoimento de Fabio Wajngarten, que teve voz de prisão solicitada pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL).
Importância das perguntas
Na opinião do líder do PT na Câmara dos Deputados, o gaúcho Elvino Bohn Gass, "mesmo o general não falando, as perguntas devem ser feitas, pois o governo já tem fatos que o incriminam". Segundo o líder petista, "o Brasil foi exposto ao ridículo, e, além de não ter feito as compras, internamente, pois o ministro não fez nenhum esforço para adquirir as vacinas, tem a questão da falta de oxigênio e ainda estímulo ao uso da cloroquina". Para Bohn Gass, "com certeza, os senadores farão todas as perguntas possíveis. Às vezes, as perguntas são mais importantes que as respostas", acentuou o parlamentar.
CPI não vai dar em nada
O vice-líder do governo na Câmara, o gaúcho Bibo Nunes (PSL), diz acreditar, "sinceramente, que essa CPI não vai dar em nada. Não tem nada que comprove as acusações; e depois vão contra-atacar, porque impediram de fazer o tratamento precoce. Isso também complica: por que que não teve o tratamento precoce?". Em muitos lugares, frisou, "foi comprovada a eficiência desse tratamento". De acordo com o parlamentar, "os depoimentos desta semana não vão mudar muito os rumos da CPI. Acho que em seis meses, fica esquecido. Sinceramente, não vejo fundamento nenhum".
Fim das emendas de relator
O fim das emendas de relator e a transparência total dos recursos já encaminhados no orçamento de 2020, além dos que ainda serão destinados este ano, é o que quer o deputado federal gaúcho Marcel van Hattem (Novo). Na avaliação do parlamentar, "grande parte do dinheiro das emendas do relator, acaba sendo usada para fins eleitorais, não atendendo aos interesses das comunidades e das áreas técnicas dos ministérios".
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