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Repórter Brasília

- Publicada em 12 de Maio de 2021 às 21:15

CPI: uma surpresa por dia

Senador Marcos Rogério, na defesa do governo, afirmou que, "até agora, existe apenas uma narrativa que a oposição tenta passar, mas não há nenhuma evidência do cometimento de crimes pelo presidente da República ou por gestores da saúde"

Senador Marcos Rogério, na defesa do governo, afirmou que, "até agora, existe apenas uma narrativa que a oposição tenta passar, mas não há nenhuma evidência do cometimento de crimes pelo presidente da República ou por gestores da saúde"


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
A CPI da Covid tem apresentado, a cada dia, uma surpresa que deixa o governo e a oposição espantados. O depoimento do presidente da Anvisa, Barra Torres, saiu caro para o Palácio do Planalto. Todos acreditavam que ele, que é médico, desse um depoimento "chapa-branca", guiado pelo Palácio do Planalto. Não aconteceu.
A CPI da Covid tem apresentado, a cada dia, uma surpresa que deixa o governo e a oposição espantados. O depoimento do presidente da Anvisa, Barra Torres, saiu caro para o Palácio do Planalto. Todos acreditavam que ele, que é médico, desse um depoimento "chapa-branca", guiado pelo Palácio do Planalto. Não aconteceu.
Governo mais desconfortável
Surpresa geral. Barra Torres, sem rodeios, deixou claras as diferenças com o presidente Jair Bolsonaro em assuntos de saúde, e traçou um retrato do "negacionismo", que vem sendo perpetuado no tratamento da pandemia pelo presidente Bolsonaro. Confirmou reunião para a troca da bula da cloroquina, considerado um absurdo, o que revela o despreparo e um governo desnorteado para tocar as coisas. O depoimento de Barra Torres deixou o governo ainda mais desconfortável.
Exemplo para o presidente
O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), abriu a sessão da comissão desta quarta-feira (12) agradecendo o presidente da Anvisa, Barra Torres, pela humildade e seriedade de confirmar que havia estruturas paralelas e a fraude da bula da cloroquina. "Espero que o presidente da República, que acompanha a sessão da CPI, siga o exemplo dado pelo presidente da Anvisa."
Solução rápida
Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo federal, em seu depoimento ontem, foi colocado na parede, metralhado por perguntas, principalmente, pelo relator Renan Calheiros (MDB). Ele disse que procurou Bolsonaro para negociar com a Pfizer na busca por uma "solução rápida". Omar Aziz disse a Wajngarten, "o senhor está aqui por causa da entrevista à Revista Veja", revelando que no depoimento tentava sair pela tangente. "O senhor exagerou na mentira hoje aqui", aí começaram as interrupções, em linha cruzada. Aziz perdeu a paciência e suspendeu a sessão para que o advogado que acompanhava o ex-secretário falasse com ele e o orientasse. Vários momentos de tensão no depoimento.
Senadores debatem CPI
Membros da CPI da Covid debateram, nesta quarta-feira (12), sobre expectativas em relação à comissão. O senador Marcos Rogério (DEM-RO, foto), na defesa do governo, afirmou que, "até agora, existe apenas uma narrativa que a oposição tenta passar para a sociedade; mas não há nenhuma evidência do cometimento de crimes pelo presidente da República ou por gestores da saúde". Já Otto Alencar (PSD-BA), disse que "há a convicção de que o governo federal apostou em imunidade de rebanho, e tentou utilizar uma medicação totalmente ineficaz para o tratamento da Covid-19".
Gabinete paralelo
Questionado sobre a possível existência de um gabinete paralelo, o senador Marcos Rogério afirmou, à CBN, "que isso não existe, de maneira alguma". Em sua avaliação, "é natural que todo gestor público ouça especialistas sobre determinadas matérias". E afirmou que "a gestão da pasta da Saúde sempre esteve a cargo dos ex-ministros e do atual ministro". Já na avaliação do senador Otto Alencar, "a existência de um gabinete paralelo já está confirmada".
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