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Repórter Brasília

- Publicada em 13 de Abril de 2021 às 03:00

Pressão no Supremo

"Governo federal está respondendo de forma eficaz aos pedidos dos entes federados na pandemia, avalia Luis Carlos Heinze

"Governo federal está respondendo de forma eficaz aos pedidos dos entes federados na pandemia, avalia Luis Carlos Heinze


LEOPOLDO SILVA/AGENCIA SENADO/JC
Às vésperas da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Senado, sobre ações e omissões do governo federal na pandemia, o presidente Jair Bolsonaro pressionou por todos os lados, no final de semana, procurando inviabilizar a CPI. Pediu ao senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) para ingressar com pedidos de impeachment contra ministros do Supremo.
Às vésperas da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Senado, sobre ações e omissões do governo federal na pandemia, o presidente Jair Bolsonaro pressionou por todos os lados, no final de semana, procurando inviabilizar a CPI. Pediu ao senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) para ingressar com pedidos de impeachment contra ministros do Supremo.

Afastamento de ministro

Kajuru respondeu que ingressou, no sábado, com pedido no STF para obrigar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a também pautar para votação em plenário o afastamento do ministro do STF, Alexandre de Moraes, ao que Bolsonaro respondeu: "Você é 10". Na conversa, o presidente também insistiu que a CPI, se instalada, trabalhe para apurar a atuação de prefeitos e governadores, o que tiraria o foco do seu governo. Grandes emoções na Esplanada.

Decisão irresponsável

"O momento deveria ser de uniao para enfrentarmos a pandemia. E uma epoca de contingências, de guerra contra um inimigo invisivel, a Covid-19", afirmou o senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP, foto). Na opinião do progressista, "a determinação do ministro do STF, Luis Roberto Barroso, obrigando a instalação no Senado Federal, de uma CPI, é no minimo irresponsavel".

Equidade entre os Poderes

Para Heinze, "o ministro do Supremo interfere na equidade entre os Poderes, pois, de forma autoritária, determina como deve ser a rotina da casa, e tira o foco das pautas essenciais para o fortalecimento do País perante a crise".

Assinaturas para a Lava Toga

Heinze já deu o troco. "O ministro usa como justificativa o número de parlamentares que teriam assinado ao pedido da CPI. Neste caso, também temos as assinaturas necessárias para a Lava Toga." Na avaliação do senador, "o governo federal está respondendo de forma eficaz aos pedidos dos entes federados; basta olhar a ordem dos repasses aos estados e municípios".
Resposta "enérgica" ao STF
"Nos próximos dias daremos uma resposta enérgica para esta imposição do STF", anunciou o senador. "Primeiro, tivemos um ataque às liberdades e agora ao livre exercício de nossas funções. Dia triste para as relações entre os Poderes", conclui Heinze.

Um óbito a cada dois minutos

"A situação é gravíssima. O Brasil registra um óbito por Covid-19 a cada dois minutos. A vacinação é lenta em todo o País. Faltam vacinas, medicamentos, oxigênio, leitos", afirmou o senador gaúcho Paulo Paim (PT). O parlamentar acentua que "os profissionais de saúde estão no limite; a população está desesperada. Os cemitérios estão funcionando 24 horas".

Os culpados responsabilizados

Paim faz um apelo: "Temos que salvar vidas, gerar emprego e renda, colocar o País para funcionar". Ele avalia que "a CPI é um instrumento legal que vai investigar todo esse cenário. Eu assinei. Até o momento, não há presunção de culpa de ninguém. As investigações é que vão apurar os fatos para saber por que o Brasil chegou nessa situação. Os culpados que sejam responsabilizados".
 
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