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Repórter Brasília

- Publicada em 29 de Dezembro de 2020 às 03:00

Comando do Congresso

Em meio ao recesso no Congresso Nacional, deputados e senadores têm se reunido para articular sobre as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.

Em meio ao recesso no Congresso Nacional, deputados e senadores têm se reunido para articular sobre as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado.


/JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/JC
Com o Congresso Nacional oficialmente em recesso até fevereiro, deputados e senadores têm se reunido, mesmo durante as festas de final de ano, tendo como pauta principal as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado. Mais uma vez, a queda de braço entre o Palácio do Planalto e o Parlamento definirá o tamanho da força política de cada um no próximo ano, véspera de eleições. Entre os deputados, o foco principal no momento é a disputa entre Arthur Lira (PP-AL), candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Com o Congresso Nacional oficialmente em recesso até fevereiro, deputados e senadores têm se reunido, mesmo durante as festas de final de ano, tendo como pauta principal as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado. Mais uma vez, a queda de braço entre o Palácio do Planalto e o Parlamento definirá o tamanho da força política de cada um no próximo ano, véspera de eleições. Entre os deputados, o foco principal no momento é a disputa entre Arthur Lira (PP-AL), candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e Baleia Rossi (MDB-SP), candidato do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Centrão e grupo de Maia

Sem pausa no jogo que definirá o comando político do Congresso Nacional, em Brasília, a disputa fica cada vez mais acirrada para a votação que será no primeiro dia após a volta dos parlamentares do recesso. Tudo indica que a disputa ficará concentrada entre os deputados Arthur Lira, com a força do Centrão, e Baleia Rossi, com apoio de um conglomerado de partidos de centro e de oposição, com a liderança do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Analistas políticos não acreditam que outros partidos de oposição apresentem candidatos, mesmo porque, pelo quadro atual, não haveria muitas chances de vitória, apesar de que não se pode esquecer a frase da velha raposa da política, o banqueiro mineiro Magalhães Pinto, que dizia: "A política é como nuvens no céu; você olha, elas estão de um jeito, abaixa a cabeça e torna a olhar, já estão de outro". Por isso, qualquer exercício de futurologia pode fracassar até a votação.

Senadores resistem a dois do MDB

Com o MDB abocanhando a Câmara dos Deputados, a presidência do Senado, que, tradicionalmente leva ao comando da casa um senador que representa o maior partido (MDB), caso se concretize a viabilização de Baleia Rossi, deve encontrar resistência. Os senadores não estão querendo fortalecer dois presidentes emedebistas, "um partido que não se assume como base governista".

Racha no Centrão

Um nome que tem o apoio de Davi Alcolumbre (DEM-AP), atual presidente do Senado, é o do senador Rodrigo Pacheco (DEM-RO). Enquanto isso, na Câmara, onde os ânimos estão mais acirrados, já existe um racha no Centrão, que pode fazer toda a diferença, pois, no momento, é a principal base do governo no Congresso Nacional. Só saberemos no ano que vem. O Palácio do Planalto avalia que deve contar com vários votos do MDB. Como a votação é secreta, existe essa possibilidade.

Compartilhamento de opiniões

O deputado federal gaúcho Giovani Feltes (MDB) avalia o candidato à presidência da Câmara Baleia Rossi como "um líder que se faz líder pelo compartilhamento de opiniões". Afirmou que "não é um líder que impõe suas ideias". O parlamentar acredita que possa haver algumas defecções, pois, "como podemos acompanhar, há uma pressão bastante forte daqueles que apoiam a candidatura de Arthur Lira, como o Palácio do Planalto, o próprio presidente Bolsonaro, através das incursões do ministro-chefe, Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, que tem atuado fortemente nas negociações para eventualmente eleger o deputado Lira, que tem liderança num grupo bastante grande, hoje apoiador do governo, que é identificado como Centrão".
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