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Repórter Brasília

- Publicada em 29 de Outubro de 2020 às 03:00

General faz críticas ao presidente

O general Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência da República, publicou artigo no Correio Braziliense, com o mais forte desabafo quanto à situação dos militares no governo. Sem citar nomes, e o tratamento humilhante que ele tem dispensado a diversos militares que integram o governo.
O general Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência da República, publicou artigo no Correio Braziliense, com o mais forte desabafo quanto à situação dos militares no governo. Sem citar nomes, e o tratamento humilhante que ele tem dispensado a diversos militares que integram o governo.

Mais um despeitado

Para o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PSL) "o general Rêgo Barros é mais um despeitado e desleal que sai do governo". E conclui dizendo: "Simples assim".

Fora do governo

Rêgo Barros se junta à série de generais descartados pelo presidente Bolsonaro. E é uma lista que vai desde o general Santos Cruz, que foi ministro da Secretaria de Governo. Era um dos militares mais influentes no Palácio do Planalto e foi expelido logo no começo do governo, sendo criticado pelos "Olavistas" e pelos filhos do presidente.

Humilhação de generais

A partir daí, começou o confronto com os generais. Entre eles, o general Juarez Cunha, que foi demitido dos Correios, chamado de sindicalista pelo presidente Bolsonaro; o general Santa Rosa, que era secretário de assuntos estratégicos e que se demitiu; teve o general Franklimberg, da Funai, que foi derrubado pelos ruralistas, enfim, há uma lista enorme com nomes de militares que sofreram casos de humilhação no governo Bolsonaro.

Um enorme desgaste

O deputado federal gaúcho Paulo Pimenta (PT), revelou que conversou com um general que disse: "essa turma do Heleno (general Augusto Heleno) é uma turma da reserva, general de pijama. Só o Pazuello que ainda está na ativa". O que acontece, na avaliação do parlamentar, "é que eles estão sofrendo um enorme desgaste, encheram de generais na Apex e outras áreas, todos generais da reserva, que estavam em casa e não tem mais nenhuma relação orgânica com as forças, e virou um 'cabidão' de acomodar general de pijama, almirante, coisa e tal Encheram de parentes".

Não há política de Forças Armadas

Na opinião de Paulo Pimenta, "não há uma política das Forças Armadas, um projeto dentro do governo que eles estejam envolvidos ou debatendo. Isso criou um enorme mal-estar, porque, na verdade, aparece como se os militares estivessem tendo uma forte influência dentro do governo, quando na realidade, não são oficiais da ativa, não são o núcleo real".

Com cargo, mas sem poder

Na avaliação do parlamentar, "os militares no governo, tem cargo, mas não tem poder. Entraram muito mais para acomodar situações pessoais. Estão ficando com desgaste na situação da vacina, da saúde, das denúncias com alguns recebendo R$ 80 mil reais por mês, quatro ou cinco generais da reserva".

Comprometidos com a "loucuragem"

Além disso, acentua Pimenta, "estão ficando com a pecha de estarem comprometidos com essa 'loucuragem' do Bolsonaro, e eles não têm nada a ver com isso". O congressista acha que "eles estão se incomodando, forçando, inclusive, o general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, a ir para a reserva. Os da ativa não querem generais da ativa no governo. Não querem contaminar o ambiente da tropa".
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