Preocupada com a queda nos diagnósticos de câncer de mama durante a pandemia, a deputada federal gaúcha Liziane Bayer (PSB) intensificou a campanha na prevenção da doença. Diversas mulheres convidadas pela parlamentar tiraram fotos com objetos cor-de-rosa para reforçar a campanha, que pretende atingir todo o País, continuando ao longo do ano. Autora da lei que instituiu o Outubro Rosa no Rio Grande do Sul, a parlamentar alerta que mais de 66 mil novos casos da doença devem ser registrados este ano no Brasil.
Em defesa da vida
Além de promover o tema em redes sociais por meio de postagens, entrevistas e participação em lives, Liziane Bayer tem trabalhado intensamente na Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, na Câmara dos Deputados. "Essa doença não faz quarentena. A informação se faz ainda mais importante, especialmente neste momento de tantos medos e incertezas", reforça a deputada, que foi mediadora de um debate sobre o adiamento do diagnóstico e tratamento de câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) em função da pandemia.
Dados alarmantes
Levantamento da Fundação do Câncer mostra que o número de mamografias feitas pelo sistema público caiu 84% entre janeiro e julho. Responsável por criar a Frente Parlamentar sobre o Câncer na Mulher, na Assembleia Legislativa gaúcha, Liziane Bayer, agora deputada federal, se preocupa com a possibilidade de o País estar diante de outra pandemia: a de casos avançados de câncer de mama. "Não deixem de fazer consultas periódicas e os exames preventivos por medo do coronavírus", recomenda a congressista.
Agressão a mulheres
A deputada federal gaúcha Maria do Rosário (PT) lamentou os ataques que candidatas têm recebido em vários estados e afirmou que "as próximas gerações de mulheres não podem ser desestimuladas a participar da política. As mulheres, sejam elas candidatas ou eleitas, têm que enfrentar essa discriminação, seja de agressão física, psicológica ou sexual", alertou a congressista.
"Somos sobreviventes", diz deputada
Maria do Rosário, que já sofreu agressões como parlamentar, dentro do próprio Congresso Nacional, alerta que "há uma tentativa de morte política, de sufocamento, uma tentativa de que a mulher não se eleja mais. Nós passamos pela violência política, nos candidatamos e enfrentamos os gabinetes do ódio, nós somos sobreviventes", argumenta.
Aumento de mortes violentas
O Anuário Brasileiro Público de Segurança registra aumento de mortes violentas no primeiro semestre, apesar do distanciamento social imposto pela pandemia do coronavírus. O número de mortes violentas no País cresceu 7,1% no primeiro semestre de 2020, em comparação com o ano passado, totalizando mais de 25 mil ocorrências. Este é um dos dados divulgados na 14ª edição do anuário e que foram debatidos no Parlamento por deputados que criticam a queda que a apreensão de armas ilegais sofreu.
Uma morte a cada 10 minutos
Os números se traduzem em uma pessoa assassinada a cada 10 minutos. As ocorrências de feminicídios também aumentaram: 1,9%. Nas mortes registradas em 2019, 74,4% das vítimas eram negros, 51,6% jovens de até 29 anos e 91,2% eram homens.