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Repórter Brasília

- Publicada em 16 de Outubro de 2020 às 03:00

Queda na inadimplência

Deputado federal Jerônimo Goergen avalia que "queda da inadimplência é resultado direto do auxílio emergencial e dos programas de socorro às pequenas e microempresas"

Deputado federal Jerônimo Goergen avalia que "queda da inadimplência é resultado direto do auxílio emergencial e dos programas de socorro às pequenas e microempresas"


VINICIUS LOURES/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
A crise econômica provocada pela Covid-19 no País elevou o desemprego a níveis recordes e provocou o fechamento de um sem número de empresas. Um fato curioso: ao contrário do que se poderia esperar, os níveis de inadimplência, sejam de pessoas físicas ou jurídicas, recuaram.
A crise econômica provocada pela Covid-19 no País elevou o desemprego a níveis recordes e provocou o fechamento de um sem número de empresas. Um fato curioso: ao contrário do que se poderia esperar, os níveis de inadimplência, sejam de pessoas físicas ou jurídicas, recuaram.

Auxílio emergencial

Esse quadro surpreendente, segundo especialistas, é resultado direto do auxílio emergencial e dos programas de socorro às pequenas e microempresas. Com isso, foi permitido um forte movimento de negociação de dívidas por parte dois bancos. Além disso, as instituições financeiras também permitiram o adiamento dos pagamentos por 60 dias.

Comportamento futuro

O temor é que haja uma explosão da inadimplência no início do ano que vem. A grande dúvida de todos, é como o calote vai se comportar quando todos esses socorros acabarem e a economia tiver de voltar a andar com as próprias pernas.

Exceção é o Rio Grande

O deputado federal gaúcho Jerônimo Goergen (PP) concorda com a opinião de especialistas de que "a queda da inadimplência é resultado direto do auxílio emergencial, dos programas de socorro às pequenas e microempresas. São fatores reais". O parlamentar acrescenta que "no setor produtivo primário, tivemos um movimento de boa safra e bons preços. A exceção é o Rio Grande do Sul".

Seca atrapalhou muito

Na avaliação de Goergen, "esse movimento não é tão grande no Rio Grande do Sul porque a seca atrapalhou muito. E realmente os bancos atuaram muito para garantir a adimplência e para evitar uma inadimplência maior".

A bolha 'coronavoucher'

O congressista cita o exemplo de financiamento de apartamento. "É uma loucura, não cobraram a parcela e deram algumas vantagens, só que as dívidas foram apenas jogadas para frente". Ele explica: "dentro desse movimento dos bancos, a conta não deixou de existir, ela só foi realocada para frente. Do meu ponto de vista, o 'coronavoucher' é uma bolha, porque a conta continua existindo, e não vai existir mais aquela renda".

Volta do endividamento

Na opinião do parlamentar, "a dependência do 'coronavoucher' pode fazer com que o endividamento volte, e quem sabe maior. Os juros de contratos, esses juros baixos não são os juros do contrato, são juros negociados. Então, o juro alto nesse ambiente é o juro que endivida". Quem continua tendo a renda, quem não perdeu o emprego, Goergen avalia que não vai voltar à inadimplência. O problema, segundo o parlamentar, "é quem é dependente do 'coronavoucher'".
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