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Repórter Brasília

- Publicada em 04 de Outubro de 2020 às 20:42

A conta vai ficando mais cara

Deputado federal Heitor Schuch fala sobre o acordo de livro comércio entre UE e Mercosul

Deputado federal Heitor Schuch fala sobre o acordo de livro comércio entre UE e Mercosul


CHICO FERREIRA/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Enquanto no Brasil o governo minimiza os problemas com o desmatamento e os riscos com a biodiversidade, países europeus, cada vez mais, cobram ações reais imediatas na proteção da Amazônia, sob pena de dificultar a entrada de produtos brasileiros.
Enquanto no Brasil o governo minimiza os problemas com o desmatamento e os riscos com a biodiversidade, países europeus, cada vez mais, cobram ações reais imediatas na proteção da Amazônia, sob pena de dificultar a entrada de produtos brasileiros.
Acordo de livre comércio
A França tem anunciado que vai rejeitar o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, que foi aprovado no ano passado. O acordo, cada vez mais difícil, ainda depende de ratificação dos Parlamentos dos países envolvidos.
Custo ambiental
Na avaliação do estudo realizado por especialistas europeus, o desmatamento nos países do Mercosul vai crescer a uma taxa de 5% ao ano, nos seis anos seguintes à implantação do acordo. Na opinião deles, o custo ambiental supera os benefícios econômicos.
Constranger Bolsonaro
A realidade, hoje, é que aumentam cada vez mais manifestações com o objetivo de constranger o governo Bolsonaro, para fazer com que atue com mais firmeza contra o desmatamento e as queimadas.
Denúncias paranoicas
O presidente Bolsonaro, em seu discurso, na Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou que as denúncias "são paranoicas, a respeito de interesses escusos, de organizações aproveitadoras e impatriotas". A questão é se o caminho para a defesa do Brasil é esse, ou, mais uma vez, o País segue na contramão, pela via errada.
Acordo em desacordo
O acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul foi feito depois de 20 anos de conversas, de idas e de vindas. Na avaliação do deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB, foto), "depois, quando os europeus enxergaram que os EUA e a China estavam fazendo um grande acordo entre eles, deixando a Europa de fora, resolveram assinar, para dizer para os outros dois: 'Olha, estamos aqui no meio, estamos vivos, vamos formar um bloco e ser maior que vocês'".
Parlamentos contra
"Essa foi a primeira questão", alerta o parlamentar. "Partindo deste princípio, o que a gente tem agora são os europeus, já são seis ou sete países que tenho notícia, resistindo ao acordo com os Parlamentos, dizendo que não vão ratificar esse acordo porque lá no Mercosul, estão queimando a Amazônia, estão queimando o Pantanal, a biodiversidade, o meio ambiente, ou seja, todos os argumentos que eles não tinham há dois anos, agora, eles têm", acentua Schuch.
Subiu no telhado
O resultado, afirma Heitor Schuch, "é que esse acordo União Europeia e Mercosul, subiu no telhado. Para reforçar isso, os argentinos, anunciaram que estavam propensos a sair do Mercosul, e eles não concordam com esse acordo". Para o congressista, "o processo ficou muito fragilizado. Não vou me admirar, nem surpreender, se amanhã ou depois houver alguma decisão de algum país, em especial, da Europa, anunciando que vai suspender o contrato de fornecimento de quaisquer produtos do Brasil, alegando essas questões".
Questão ambiental
Para o deputado, integrante do Parlamento do Mercosul, "o Brasil deveria mudar sua estratégia: em vez de dizer que não tem fogo, que não tem problema e que a floresta é úmida, tem que dizer que queremos que nos ajudem, que nos mandem recursos, gente, avião".
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