O deputado federal gaúcho Pompeo de Mattos (PDT) avalia o drama da educação e da saúde, em situação angustiante com o cenário de incertezas que o Brasil vive, agravado pela pandemia e falta de decisões do governo. Na opinião do parlamentar, a educação deve melhorar muito, porque ela é o exemplo. "As palavras convencem e o exemplo arrasta", disse.
Sem ministro da educação
Pompeo de Mattos questiona: "como é que nós estamos preocupados com a educação, se nós nem ministro da Educação temos?". E responde: "quando tivemos um, era da Colômbia, como se não tivesse um brasileiro para o cargo, tivemos que importar um. Equívoco, deu errado". Na avaliação do congressista, "depois houve outro que não tinha nada a ver com a educação, inclusive lhe faltava educação, que era o (Abraham) Weintraub, um mal-educado; agora temos um outro que não conseguiu assumir ainda. Então nós temos aí quase dois anos de governo e ainda não tivemos ministro da Educação. Esse é o primeiro fato".
Educação enxerga "lonjuras"
Pompeo de Mattos afirma que "o segundo ponto é que quando o Parlamento aprovou o Fundeb, e o que que o governo tentou? Tirar o dinheiro do fundo para botar para ação social. Não que não seja importante a ação social. Mas não para tirar dinheiro da educação".
Distanciamento social
Foi preciso morrerem 100 mil pessoas no Brasil, "para o ministro interino da Saúde, não é por inteiro, não é? Ele disse que acha que o distanciamento social deve funcionar agora. Quer dizer, precisavam morrer 100 mil? Por que só agora é que ele vai admitir que precisa manter o distanciamento social?".
Computador para crianças
Pompeo de Mattos apresentou um projeto de lei para que cada criança recebesse um computador. "Não é caro, e não é impossível. O que se viu agora na pandemia é que quem tem condições, tem um computador, dois, três. Quem não tem, que é a grande maioria, não tem computador, e quem tem computador não tem internet".
Exemplo de Brizola
"Como Brizola fez no Rio Grande do Sul, nenhuma criança sem escola", enfatizou o deputado, acrescentando: "Agora, nenhuma criança sem computador. Brizola fez mais de 6 mil escolas em cada linha, cada travessão, em cada rincão no Rio Grande. Depois fez o Cieps, escola em tempo integral, a Lei de Diretrizes e Bases". O deputado é favorável que, "na medida do possível, vá se abrindo as escolas, mas a saúde tem que estar em primeiro lugar".