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Repórter Brasília

- Publicada em 11 de Agosto de 2020 às 03:00

Pressões sobre a educação

"Educação é o grande equalizador, mais do que nunca", afirma secretário-geral da ONU, Antonio Guterres

"Educação é o grande equalizador, mais do que nunca", afirma secretário-geral da ONU, Antonio Guterres


SALVATORE DI NOLFI/AFP/JC
A educação continua sendo um dos dramas mais preocupantes em meio à pandemia que aterroriza a grande maioria de brasileiros. "O País precisa da educação, o grande equalizador, mais do que nunca", como bem disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres (foto). Mas também é preciso proteger as crianças, os professores e suas famílias, e ninguém encontrou a equação certa para promover o retorno às aulas. No atual cenário de incertezas, entre uma decisão e outra de governo e Justiça, ficam estudantes e pais aflitos e sem rumo.
A educação continua sendo um dos dramas mais preocupantes em meio à pandemia que aterroriza a grande maioria de brasileiros. "O País precisa da educação, o grande equalizador, mais do que nunca", como bem disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres (foto). Mas também é preciso proteger as crianças, os professores e suas famílias, e ninguém encontrou a equação certa para promover o retorno às aulas. No atual cenário de incertezas, entre uma decisão e outra de governo e Justiça, ficam estudantes e pais aflitos e sem rumo.

Acesso à internet

Para diminuir, um pouco, o drama, o acesso à internet é crucial, agora e no futuro, mostrou, em editorial, o Estado de S.Paulo. Atualmente, tramitam no Congresso três iniciativas para equacionar o desafio da conectividade: o programa Educação Conectada, com diretrizes para a equidade na implementação; o auxílio-conexão emergencial, para custear planos de acesso à internet durante a pandemia; e um pacote de recursos para prover acesso gratuito a estudantes e professores por meio do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações.

Racionalizar os gastos

É preciso racionalizar os gastos nas secretarias de Educação. Além disso, é preciso monitorar, com lupa permanente, se estados e municípios estão destinando adequadamente os recursos recebidos da União para a educação. Por outro lado, com a pandemia, o impacto fiscal sobre a educação é duplo: o processo de adaptação aumenta os custos e a queda na arrecadação diminui investimentos.

Perdidos no Estado

Para o deputado federal gaúcho Heitor Schuch (PSB), "a grande conquista da educação foi a constitucionalização do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), porque até corria o risco de o fundo acabar em dezembro. Mas segundo o parlamentar, agora, "isso por si só também não resolve muito, porque as coisas precisam acontecer na prática". "O aluno na escola, o professor remunerado, serviços da escola funcionando e assim por diante. Acho que estamos meio perdidos aqui no Estado por causa da questão da pandemia", completou.

Cada um diz uma coisa

Heitor Schuch explica que "tem municípios decretando lockdown, e a Justiça manda voltar. Está muito complicado, a prefeitura diz uma coisa, como é o caso de Porto Alegre, o governador entra na Justiça", afirma o congressista. As escolas, destaca o deputado, "aqui em Santa Cruz do Sul, por exemplo, têm coisas andando, tem aula de arte, tem aluno que pega material, mas é um pessoal que é mais consciente, que acha que realmente tem que se esforçar".

Alunos em dois estágios

Já tem outros que estão achando que ninguém vai rodar e entram na lógica do "então não precisamos estudar", afirma Schuch. E pondera: "vamos ficar com alunos em dois estágios, os que se esforçam, que têm estrutura, que vão poder aprender, e os que não têm estrutura, que não têm computador, que não têm internet, que não são poucos, e que vão ficar para trás".
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