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Repórter Brasília

- Publicada em 08 de Junho de 2020 às 22:25

Protecionismo ao setor agrícola

O forte protecionismo europeu, especialmente no setor agrícola, se manifesta contra o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. O Parlamento holandês aprovou moção contra o acordo, assinado há quase um ano, depois de negociado por duas décadas. O pacto só valerá depois de ratificado por todos os países participantes. Se o protecionismo prevalecer, também Argentina, Paraguai e Uruguai, sócios do bloco sul-americano, pagarão pela política "antiambiental do governo brasileiro", consideram especialistas do setor.
O forte protecionismo europeu, especialmente no setor agrícola, se manifesta contra o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. O Parlamento holandês aprovou moção contra o acordo, assinado há quase um ano, depois de negociado por duas décadas. O pacto só valerá depois de ratificado por todos os países participantes. Se o protecionismo prevalecer, também Argentina, Paraguai e Uruguai, sócios do bloco sul-americano, pagarão pela política "antiambiental do governo brasileiro", consideram especialistas do setor.

Pressão dos europeus

O Parlamento austríaco já havia votado contra o acordo. Caso, nada mude, o governo da Áustria terá de se opor à ratificação. Apesar de o governo holandês ainda estar livre para votar a favor, o acúmulo de pressões contrárias, em toda a Europa, é inegável. A questão ambiental é parte dos desentendimentos entre os presidentes francês e brasileiro. A presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, evitou, até agora, comprometer-se com a aprovação final do acordo, afirmou, em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo.

Críticas à devastação

Na Europa, direitos humanos e ecologia são invocados contra a ratificação do pacto com o Mercosul. Focadas no Brasil, as críticas mencionam a devastação da Amazônia, a destruição de reservas do Cerrado, e riscos para os indígenas.

Pressão era prevista

O presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), deputado federal gaúcho Alceu Moreira (MDB), lembra que "quando a proposta de acordo do Mercosul com a União Europeia, foi trabalhada, nós sabíamos que tínhamos que passar por todos os Parlamentos, inclusive pelo nosso. Então, é perfeitamente normal que algum parlamento tenha manifestação, em algum momento, desta forma. Até porque exerce o poder de pressão que ele deseja fazer."

Interesses comerciais

No caso da Holanda, acentua o congressista, "com certeza, nós temos aí também os interesses comerciais. O fato de nós temos uma produção agrícola que, não apenas é muito competitiva e que daqui para frente vai ocupar mais mercados, isto preocupa muitos países que tem um custo de produção elevados, com limitação enorme de área física para poder plantar. Essas questões todas contribuem para que esses países tenham uma posição radicalizada, para tentar retardar que os produtos brasileiros cheguem nas prateleiras de seus mercados."

Oportunidade de diálogo

parlamentar acredita que "a posição de alguns países contrários ao acordo com o Mercosul agora, não terão muito impacto. Não cria problemas. Porque o acordo com o Mercosul, ele prescinde disso." Segundo Moreira, "aquilo que nós estamos vendo agora é necessário que aconteça, porque quando um país destes vota e diz isso, emite uma mensagem, e depois, vamos acabar conversando. Certamente, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, entre em campo, vai conversas com as autoridades destes países, ouvir, dar as explicações necessárias para poder fazer isso. Na avaliação do líder do setor, "longe de ser um problema, isso para nós, cria uma oportunidade para se restabelecer a verdade".
 
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