O presidente Jair Bolsonaro alertou que, se um governador não atender ao decreto de abertura de serviços essenciais do comércio, configura descumprimento de uma norma. Ameaçou ir para a Justiça para obrigar o cumprimento da decisão. O problema é que o próprio STF deu, aos governadores e prefeitos, autonomia para estabelecer as medidas para o combate à Covid-19, incluindo as ações relacionadas ao distanciamento social, como fechamento de comércios.
Atividades não essenciais
Para Bolsonaro, entretanto, os governadores podem decidir sobre as atividades que não são consideradas essenciais pela União. O documento foi assinado pelo presidente na última segunda-feira, incluindo academias, salões de beleza e barbearias como atividades essenciais "e, por isso, não podem ficar fechadas". Mais uma queda de braço entre o Palácio do Planalto e os governadores.
Sem pressão
A abertura do comércio durante a Covid-19 continua esquentando a polêmica. Entre os parlamentares, a líder do PSOL, a deputada federal Fernanda Melchionna, do Rio Grande do Sul, apresentou destaque para a supressão desse trecho, a fim de não pressionar prefeitos e governadores a reabrirem a economia, relaxando as medidas de isolamento social.
Oposição de coveiros
Dizendo estar surpreso com a capacidade de alguns opositores do governo Bolsonaro de contarem mentiras e acreditarem nelas, o deputado federal gaúcho Bibo Nunes (PSL) afirmou que "a oposição, na sua grande maioria, hoje, é formada por coveiros que querem o maior número de mortos na pandemia para culpar o presidente Bolsonaro".
Ansiedade e depressão
Para o gaúcho Giovani Cherini (PL), "cuidar da saúde também inclui cuidar da economia". O deputado defende que "é preciso achar um meio termo para o modelo de enfrentamento à pandemia do coronavírus". O parlamentar alerta que "o clima de pânico, além de não ajudar em nada, aumenta a ansiedade e leva à depressão".
Venda de imóveis
O Plenário da Câmara concluiu a votação da medida provisória que facilita a venda de imóveis da União. O deputado federal gaúcho Ronaldo Santini (PTB) elogia o esforço da Secretaria de Patrimônio para atender às demandas dos estados e permitir a aprovação da medida provisória que facilita a venda de imóveis da União. Ele entende que a matéria vai ajudar a desburocratizar os processos de venda.
Imóveis de todos os Poderes
Citando como exemplo a Câmara dos Deputados, que possui 42 apartamentos funcionais desocupados, em uma área nobre de Brasília, e que estão deteriorados pela falta de uso, o deputado federal gaúcho Marcel Van Hattem (Novo) explica que a medida visa vender imóveis de todos os Poderes da União, inclusive do Legislativo.
Governo e oposição
Governistas e oposição concordaram com o uso dos quase R$ 9 bilhões na prevenção e no combate à pandemia, uniu governistas. O deputado federal gaúcho Sanderson (PSL), vice-líder do governo, defendeu a medida. Sanderson anunciou que "o governo é favorável à nova redação apresentada pelo deputado Luiz Miranda, fazendo a destinação de R$ 8,7 bilhões para a ajuda específica a estados e municípios neste momento tão difícil".