Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 11 de Maio de 2020 às 21:48

Semana decisiva

Apesar do emaranhado de problemas que o presidente Jair Bolsonaro vem enfrentando, esta semana, com apresentação do vídeo da famigerada reunião no Palácio do Planalto, onde o presidente teria tentado uma interferência política na Polícia Federal, segundo o ex-ministro Sérgio Moro; no Congresso Nacional não existe clima para uma tentativa de impeachment, como defendem alguns parlamentares da oposição. Além da falta de uma prova de peso, é impraticável qualquer decisão neste sentido nessa época de pandemia. Sem a pressão das ruas, avaliam alguns parlamentares, é impensável instalar e fazer andar qualquer comissão que não seja para tratar da Covid-19.
Apesar do emaranhado de problemas que o presidente Jair Bolsonaro vem enfrentando, esta semana, com apresentação do vídeo da famigerada reunião no Palácio do Planalto, onde o presidente teria tentado uma interferência política na Polícia Federal, segundo o ex-ministro Sérgio Moro; no Congresso Nacional não existe clima para uma tentativa de impeachment, como defendem alguns parlamentares da oposição. Além da falta de uma prova de peso, é impraticável qualquer decisão neste sentido nessa época de pandemia. Sem a pressão das ruas, avaliam alguns parlamentares, é impensável instalar e fazer andar qualquer comissão que não seja para tratar da Covid-19.

Sessão de depoimentos

Na série Moro contra Bolsonaro, esta semana haverá sessões de depoimentos e a disputada "sessão de cinema", com a apresentação do vídeo da "reunião censurada" no Palácio do Planalto. O ministro Celso de Mello decidiu que os poucos autorizados para assistir, verão ao mesmo tempo, para evitar o combinado de versões. A mesma expetativa é quanto ao depoimento dos três ministros generais, que vão depor ao mesmo tempo, um cuidado do ministro do Supremo. Tudo indica que a sessão para ver o vídeo ficará restrita aos envolvidos, seus advogados e algumas autoridades.

Dar publicidade aos autos

É bastante conhecida a postura do ministro Celso de Mello, que, tradicionalmente, dá publicidade aos autos que não atrapalham a investigação. Outra hipótese é que pode ser mostrado o que afirmou Sérgio Moro, sobre a interferência política na Polícia Federal, mas também manter em sigilo, alguns trechos da reunião que não tem a ver, diretamente, com o envolvimento do ex-ministro da Justiça com o inquérito.

Proteção do Centrão

O presidente Bolsonaro trabalhou intensamente nos últimos meses em se aproximar e atender os pedidos do Centrão. Tem distribuído cargos. Com isso Bolsonaro está de alguma forma protegido, com alguma segurança. Mas isso também pode mudar rapidamente. A verdade é que dentro do Congresso Nacional, o presidente surfa em águas favoráveis, com a proteção dos parlamentares do Centrão.

Sem grande repercussão

O deputado Bibo Nunes (PSL), parlamentar da ala governista mais votado no Rio Grande do Sul, vê com naturalidade toda a situação envolvendo o presidente Jair Bolsonaro. Enfatizou que só não concorda com a maneira como foram convocados os ministros generais. "Acho que o Celso de Mello tem que se atualizar um pouquinho. Usou termos medievais para convocar ministros, dizendo que serão encaminhados de forma coercitiva e sob vara. São termos medievais. O ministro é antigo mas tem que se atualizar."

Oposição esvaziada

Segundo Bibo Nunes, "não haverá grande repercussão no Congresso Nacional, até porque a oposição está muito esvaziada. Não tem assunto, ficam criticando até churrasco que ele fala em tom de brincadeira. Qualquer coisa é motivo de críticas".

Aproximação com partidos

A aproximação com o Centrão, avaliou Bibo Nunes, "é a aproximação com partidos. É natural, só que não se compõe com o toma lá, dá cá. Nós do PSL, não damos importância para cargos na política. Eu que fui o mais votado do governo no Rio Grande do Sul, não tenho um cargo, e meus colegas do Aliança também. Argumenta: tem que preencher cargos. Acho que devem ser preenchidos com quem está ao lado do governo", defendeu.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO