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Repórter Brasília

- Publicada em 20 de Novembro de 2019 às 21:27

Ideologia econômica de Bolsonaro

Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro


EVARISTO SA/AFP/JC
O presidente Jair Bolsonaro fará na manhã desta quinta-feira, no Royal Tulip Brasília Alvorada, próximo ao Palácio da Alvorada, o anúncio oficial da Aliança pelo Brasil, e seu pronunciamento político-ideológico. Esta é a grande expectativa nos meios econômicos, sobre a linha doutrinária que será apresentada pelo chefe da nação. Embora tenha desde sempre afirmado suas convicções liberais, ele ainda carrega sua herança castrense, nacionalista e com ênfase na segurança do Estado e do País. Isto é importante.
O presidente Jair Bolsonaro fará na manhã desta quinta-feira, no Royal Tulip Brasília Alvorada, próximo ao Palácio da Alvorada, o anúncio oficial da Aliança pelo Brasil, e seu pronunciamento político-ideológico. Esta é a grande expectativa nos meios econômicos, sobre a linha doutrinária que será apresentada pelo chefe da nação. Embora tenha desde sempre afirmado suas convicções liberais, ele ainda carrega sua herança castrense, nacionalista e com ênfase na segurança do Estado e do País. Isto é importante.
Nova aliança moderada
Não obstante o forte conteúdo tradicionalista nas questões de costumes, na clara aproximação com as tendências fundamentalistas das religiões cristãs (inclusive do catolicismo carismático), essas posturas do seu líder ainda não autorizam a qualificar o novo partido como claramente de extrema-direita. No extremo do espectro ideológico identificado como direita na teoria política da atualidade, além do seu antigo PSL. É preciso esperar o discurso do presidente programado para esta manhã antes de qualificar e situar seus pensamentos ideológicos.
Moderada e nacionalista
Na entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, a antiga aliada e hoje adversária, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), disse que havia no PSL gradações ideológicas, e que, ela própria seria mais liberal que seu líder, ponderando que o presidente acredita que nas estatais estratégicas (Petrobras, Eletrobrás etc.), o Estado deve manter controle e o poder de influência. Posição tipicamente militar.
Disputas no PSL
Esses são pontos fundamentais da ideologia do novo partido que o presidente está fundando. Entretanto, o que aparece à flor da terra são disputas internas no PSL. O controle das finanças seria o pomo da discórdia. Isto, entretanto, obscurece a questão estratégica fundamental, que levou Bolsonaro à arriscada decisão de correr contra o tempo e a burocracia para tentar chegar às eleições municipais com sua nova agremiação.
Surrupiar o capital eleitoral
De fato, o que ocorria era uma tentativa, frustrada, da velha guarda do PSL de surrupiar o capital eleitoral do presidente. Antes de Bolsonaro, esse partido não tinha nenhuma expressão. Contava apenas um deputado, vivendo nos confins do baixo clero, com seu deputado Delegado Waldir. Com essa precedência, o delegado emergiu como líder da segunda maior bancada da Câmara. O presidente não se submeteu a esse comando partidário. Deu no que deu.
Corrida de obstáculos
O partido Aliança pelo Brasil, que inicia hoje sua corrida de obstáculos para chegar com combustível nas eleições do ano que vem, não pode ser confundido com as 30 legendas que estão na fila do TSE, à espera de registro. É uma ingenuidade acreditar que o novo partido está no mesmo patamar dessas siglas de aluguel que pedem um lugar na constelação política brasileira.
Partido robusto e musculoso
O Aliança não será mais uma legenda de aluguel, mas o partido do governo, algo muito diferente, robusto e musculoso. De fato, o PSL é que voltará para seu nicho, alugando vagas nas suas chapas. Entretanto, fica a pergunta: com que votos o presidente Luciano Bivar contará para manter sua poderosa bancada? Qual o futuro de seus adeptos, que rompem com o presidente da República de olho gordo na partilha do fundo partidário, que, com a dissidência, vai aumentar a cota de cada um dos remanescentes? As cartas estão na mesa.
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