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Repórter Brasília

- Publicada em 21 de Outubro de 2019 às 21:37

Semana decisiva

Ocergs promove café da manhã, no Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa, para lançar movimento em defesa do Sistema S.
na foto: Luiz Carlos Heinze, senador (PP)

Ocergs promove café da manhã, no Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa, para lançar movimento em defesa do Sistema S. na foto: Luiz Carlos Heinze, senador (PP)


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A semana é decisiva para a reforma da Previdência. O Senado deve aprovar, ainda nesta terça-feira à tarde, a reforma em 2º turno. O texto será debatido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a análise de doze emendas, mas apenas para ajustes de redação, sem previsão de mudança. Um acordo já firmado, segundo adianta a relatora Simone Tebet (MDB-MS), permitirá que a reforma seja enviada ao Plenário no mesmo dia.
A semana é decisiva para a reforma da Previdência. O Senado deve aprovar, ainda nesta terça-feira à tarde, a reforma em 2º turno. O texto será debatido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a análise de doze emendas, mas apenas para ajustes de redação, sem previsão de mudança. Um acordo já firmado, segundo adianta a relatora Simone Tebet (MDB-MS), permitirá que a reforma seja enviada ao Plenário no mesmo dia.
Briga do PSL não atrapalha
Na avaliação do senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP), a votação da reforma da Previdência no Senado não terá maiores problemas. Afirmou que, "sem uma base organizada, já passou em primeiro e segundo turno na Câmara, e em primeiro turno no Senado". Segundo o senador, "a briga do PSL não vai atrapalhar em nada".
Presidentes da Câmara e do Senado
Para Heinze, o trabalho que vem sendo feito pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), na Câmara, e pelo senador Davi Alcolumbre (DEM/AP) no Senado, faz com que as coisas andem. "Já vivenciei cinco mandatos no Parlamento e as crises sempre surgem. Essa também vai passar."
Oposição quer mudanças
A oposição, por sua vez, quer mudar alguns pontos do texto. Entre eles, querem garantir aposentadoria especial para categorias que trabalham com insalubridade, como os vigilantes e eletricitários. O líder da Rede, senador Randolfe Rodrigues, acredita ser possível aprovar o destaque no plenário. Apesar do racha no PSL, os governistas estão otimistas e acham que o texto passa com facilidade. Na opinião do líder do PSL no Senado, Major Olímpio, "a crise interna no partido não vai afetar a votação".
Guerra além dos partidos
Na última semana, Bolsonaro teve frustrada a tentativa de substituir o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), por seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). No meio do tiroteio, a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann, foi trocada pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO). A partir daí a batalha que já se ampliava para fora do PSL transformou-se numa guerra de mídia social, com palavras nem um pouco republicanas. Nesta segunda-feira, com o delegado Waldir entregando o cargo, Eduardo assumiu a liderança.
Longe das polêmicas. Será?
Por outro lado, o distanciamento do presidente, de polêmicas envolvendo nomes importantes do PSL, como Luciano Bivar, pode favorecê-lo. Isso se a explosão de inconsequências não continuar entre os personagens bem próximos do presidente Bolsonaro, que ficaram no Brasil. O certo é que a briga com o PSL fragiliza ainda mais a tumultuada relação do Palácio do Planalto com deputados e senadores.
Identidade com o PSL
Nunca houve exatamente uma identidade entre Bolsonaro e o partido, avalia o cientista político Carlos Melo, do Insper. "O PSL se transformou em um grande orçamento". Já para o cientista político e professor da PUC-Rio, Ricardo Ismael, "o governo, que já não tem uma base estável com o Parlamento, terá sua relação com os congressistas ainda mais prejudicada".
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