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Repórter Brasília

- Publicada em 16 de Setembro de 2019 às 21:34

Bancada evangélica triplicou

A população evangélica no Brasil deve ultrapassar a católica a partir de 2040. O crescimento refletiu-se no governo e no Congresso Nacional, onde triplicou de tamanho a bancada de deputados federais evangélicos. Em 20 anos, os evangélicos passarão de 90 milhões. Embora conhecido como um grupo homogêneo, os evangélicos brasileiros e suas lideranças divergem historicamente nos campos ideológicos, políticos e nos negócios.
A população evangélica no Brasil deve ultrapassar a católica a partir de 2040. O crescimento refletiu-se no governo e no Congresso Nacional, onde triplicou de tamanho a bancada de deputados federais evangélicos. Em 20 anos, os evangélicos passarão de 90 milhões. Embora conhecido como um grupo homogêneo, os evangélicos brasileiros e suas lideranças divergem historicamente nos campos ideológicos, políticos e nos negócios.
Evangélicos são 38%
A bancada evangélica da atual legislatura, conta com 195 dos 513 deputados, o equivalente a 38% do total de parlamentares. A atual bancada evangélica é a mais governista dos últimos cinco mandatos presidenciais. 90% dos votos registrados pelos evangélicos foram a favor do governo. Cada vez mais, líderes e deputados ligados às igrejas evangélicas ocupam mais espaço nas áreas estratégicas do governo.
Bancada mais governista
A diferença em relação aos governos dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, segundo analistas, é que a bancada evangélica acompanhava o nível de governismo da Câmara, sem alterações significativas. A diferença do grau de governismo entre Câmara e evangélicos não passou de 3 pontos nos governos petistas. No governo Jair Bolsonaro (PSL), o "governismo" evangélico é 13% maior. Com esse poder, partidos procuram se aproximar da força evangélica conservadora e que ocupa enorme espaço na política do País.
Reflexo do cotidiano
Para o deputado federal gaúcho Ronaldo Santini (PTB), que é católico, "esse crescimento evangélico" é consequência de uma série de fatores. Afirmou que "o governo foi eleito com apoio muito forte da bancada evangélica, apoio declarado nas próprias eleições". Outro ponto, segundo o parlamentar, "o crescimento é o reflexo do que acontece no cotidiano. As pessoas estão buscando nas igrejas evangélicas aquilo que não encontram nas demais denominações religiosas". E é natural, segundo o deputado, "que isso se reflita também dentro do Congresso Nacional, já que o Parlamento é o espelho do que é representado aí fora".
Habilidade do presidente
Em relação à posição de apoio do governo crescer ou diminuir, vai depender muito mais da habilidade do presidente, frisa o deputado. "O grupo evangélico tem se identificado muito com as causas do presidente: a questão familiar mais conservadora, mais voltada para os valores."
Aumento da população
Para o congressista, "o crescimento da bancada evangélica, tem uma relação muito mais com o aumento da população evangélica do que qualquer outra situação. Cresceu o número de evangélicos no mundo, cresceu o número de evangélicos no Brasil, naturalmente, cresce o número de evangélicos no Congresso como reflexo da sociedade".
Pastor investe no fiel
Sobre o crescimento evangélico, que em 2040 pode superar a comunidade católica, Santini avalia que "a igreja evangélica investe na recuperação do fiel. Ela vai atrás, ela busca, quando o cara quer sair ela traz de volta, ela cerca a família. Ela não abre as portas e fica esperando alguém chegar". Na análise do parlamentar, "o pastor investe, busca, faz aquilo que a igreja católica fazia no passado e que hoje não faz mais".
 
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