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Repórter Brasília

- Publicada em 08 de Abril de 2019 às 22:09

Prova de fogo para a CNM

O gaúcho Glademir Aroldi, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), vai ter sua prova de fogo a partir de hoje, quando fará sua entrada em grande estilo na cena política nacional. Ele lidera a XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, nome oficial da chamada "Marcha dos Prefeitos". Ele deverá mostrar ao novo governo que tem capacidade efetiva de mobilizar forças no Congresso Nacional.
O gaúcho Glademir Aroldi, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), vai ter sua prova de fogo a partir de hoje, quando fará sua entrada em grande estilo na cena política nacional. Ele lidera a XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, nome oficial da chamada "Marcha dos Prefeitos". Ele deverá mostrar ao novo governo que tem capacidade efetiva de mobilizar forças no Congresso Nacional.
Marco dos 100 dias
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai participar, no Centro Internacional de Convenções, da grande assembleia que, segundo a expectativa da CNM, reunirá cerca de 8 mil gestores de todo o País, em uma data escolhida a dedo, ou seja, no marco dos 100 dias da posse na nova administração. Nessa oportunidade, os burgomestres de grandes, médias e pequenas cidades, teriam de se comportar como uma força coesa na defesa de seus espaços no pacto federativo. Com o desmonte das composições políticas convencionais nas últimas eleições, o sistema de poder vem se reorganizando em torno das forças vencedoras, que são as chamadas bancadas temáticas e organizações da sociedade civil, tais como a CNM.
Bancadas temáticas
Essa entidade fortaleceu-se muito nos últimos anos, sob o comando de outro gaúcho, o ex-prefeito de Mariana Pimentel Paulo Ziukolski (MDB). Entretanto, neste ano, com o governo procurando bases de apoio fora do sistema partidário, o movimento municipalista poderá assumir protagonismo, tais como a frente ruralista, a bancada evangélica e outras menores, se demonstrar ter capacidade de apresentar liderança dentro do Congresso Nacional. Desde que teve a vitória confirmada, o presidente Bolsonaro se insurgiu contra as forças políticas convencionais. Nenhuma novidade, pois foi mantra em sua campanha. Ao se aproximar a posse, ele foi dando consequência a essa postura, com a formalização das alianças com as chamadas bancadas temáticas.
Influência dos prefeitos
Na fase seguinte, Bolsonaro procurou alianças com governadores e prefeitos, como forma de amarrar as bancadas pelos interesses das forças política e econômicas dos distritos (redes de municípios) ou dos estados. Essa fórmula não se mostrou prática até o momento, pois os deputados não se sensibilizam com os apoios sejam de governadores ou de prefeitos. Foi tiro n'água. Nesta semana, com seu congresso, os prefeitos terão de reverter essa percepção e demonstrar ao presidente que têm entrada e influência. É um grande desafio.
Tática de fatiar os apoios
A verdade é que a tática do presidente, de fatiar os apoios à reforma da Previdência, ainda não foi bem percebida. Em vez de fatiar a reforma, ele está montando suas forças com vários elementos não convencionais, tais como as frentes temáticas, as forças estaduais e locais, e, desde a semana passada, os partidos políticos. Isto poderia soar como óbvio, mas o que diferencia a gestão política do presidente das ações semelhantes de seus antecessores é que ele trata cada uma separadamente, mesmo quando os atores são os mesmos. Por exemplo: o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, participa ora como governador de um estado, ora como líder de seu partido, o DEM. Esta será uma semana muito interessante em Brasília.
 
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