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Repórter Brasília

- Publicada em 05 de Março de 2019 às 01:00

Congresso em ritmo lento

O Brasil está em ritmo de Carnaval e a próxima sessão deliberativa da Câmara dos Deputados está marcada para o dia 12 de março. Apesar de anunciada pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), a que é considerada a mais importante comissão do Parlamento, a de Constituição e Justiça (CCJ), sequer foi instalada, fazendo com o que a reforma da Previdência não avançasse desde que o texto foi anunciado pelo Palácio do Planalto. Durante a campanha eleitoral, a moralização dos atos parlamentares estava na pauta de todos. Mas já no primeiro mês de mandato dos novos deputados e senadores, a impressão é que o cumprimento dessas promessas fica cada vez mais distante da realidade. O que se viu, até agora, pouco foi feito para diminuir as mordomias. Segundo levantamento feito por jornalistas, os parlamentares devem acumular R$ 5,5 milhões pelos seis dias não trabalhados.
O Brasil está em ritmo de Carnaval e a próxima sessão deliberativa da Câmara dos Deputados está marcada para o dia 12 de março. Apesar de anunciada pelo presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), a que é considerada a mais importante comissão do Parlamento, a de Constituição e Justiça (CCJ), sequer foi instalada, fazendo com o que a reforma da Previdência não avançasse desde que o texto foi anunciado pelo Palácio do Planalto. Durante a campanha eleitoral, a moralização dos atos parlamentares estava na pauta de todos. Mas já no primeiro mês de mandato dos novos deputados e senadores, a impressão é que o cumprimento dessas promessas fica cada vez mais distante da realidade. O que se viu, até agora, pouco foi feito para diminuir as mordomias. Segundo levantamento feito por jornalistas, os parlamentares devem acumular R$ 5,5 milhões pelos seis dias não trabalhados.
Recado das urnas foi claro
O senador gaúcho Lasier Martins (Pode), vice-presidente do Senado, volta a lembrar que "os políticos precisam entender o recado das urnas que exige transparência, moralidade, legalidade, publicidade e eficiência, justamente os princípios inscritos no artigo 37 da Constituição", assinala o senador gaúcho.
Legislativo mais caro do mundo
"O Brasil vive profunda crise econômica, com deficit recente de R$ 139 bilhões nas contas da União e convivendo com quase 13 milhões de desempregados", especifica Lasier. "Nesse cenário, e com a nova composição do Senado, temos uma chance de ser exemplo de mudanças, com ênfase na austeridade", ressalta o senador, acrescentando que "o Senado brasileiro é uma das casas legislativas mais caras do mundo, e isso não se muda com palavras, mas com atitudes, exemplos e se cortando na carne". Já o senador pelo Distrito Federal José Antônio Reguffe (sem partido), "não existe Estado democrático de direito sem um poder legislativo atuante, mas, para isso, ele não precisa ser gordo, inchado e cheio de privilégios, como é hoje".
Burocracia brasileira
"O poder da burocracia brasileira e dos políticos é quase imperial, fortalecendo laços entre eles que passam longe da realidade brasileira", avalia o professor Pablo Holmes, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (Ipol/UnB). Ele compara com a Alemanha, por exemplo e acentua: "lá eles têm o salário, uma ajuda geral, passes para o transporte público e só", afirma o professor. "Quando esses privilégios são comparados com a vida do cidadão comum brasileiro, tudo piora." O doutor em sociologia pela Universidade de Flensburg (Alemanha), chama atenção para o fato que isso, não é uma questão apenas no Congresso, "mas no poder institucionalizado de Brasília e também nos altos funcionários públicos do Estado".
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