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Repórter Brasília

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2019 às 22:06

Novo rei do bastidor

Presidente do Senado Davi Alcolumbre

Presidente do Senado Davi Alcolumbre


MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO/JC
O novo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), é considerado, no Senado Federal, como "o rei do bastidor". Distante dos holofotes, jejuno de tribuna, o parlamentar amapaense, embora longe dos holofotes, era uma figura presente em todas as articulações e movimentos de composição política. Surgir como uma estrela nova não seria surpresa para os astrônomos que acompanham o firmamento com lentes poderosas.
O novo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), é considerado, no Senado Federal, como "o rei do bastidor". Distante dos holofotes, jejuno de tribuna, o parlamentar amapaense, embora longe dos holofotes, era uma figura presente em todas as articulações e movimentos de composição política. Surgir como uma estrela nova não seria surpresa para os astrônomos que acompanham o firmamento com lentes poderosas.
Bote certeiro
Distante da mídia, desconhecido do grande público, Alcolumbre deu o bote certeiro na hora certa, enfrentando a máquina poderosa e testada que dominava o Senado há décadas, integrada pelos ex-aliados eleitorais e parceiros políticos, o MDB e o PT, há mais de uma década majoritários e hegemônicos na Câmara Alta.
Navegando em profundidade
Como exímio operador do mundo submarino, navegando em profundidade de periscópio, o jovem senador democrata Davi Alcolumbre (foto) pode perceber que algumas placas tectônicas que se movimentaram no tsunami de outubro ainda provocavam marolas que chegariam à superfície. Foi assim, com mira de caçador, e não por um passe de mágica, que ele se preparou para o ataque, contando com a ação decisiva de dois gaúchos que, como ele, também davam passos inesperados aos olhos de observadores desatentos.
Ação de dois gaúchos
Um deles - decisivo para a composição das forças difusas que compõem o novo Senado - foi Onyx Lorenzoni (DEM-RS), chefe da Casa Civil. Já quase desacreditado como coordenador político do presidente Jair Bolsonaro (PSL), apareceu na hora certa como um furacão. Ele armou a manobra regimental da sexta-feira, em que Alcolumbre, usando a prerrogativa de sobrevivente da antiga mesa, assumiu o comando do plenário. Mesmo enfraquecido por sua condição de candidato, a falha ética não abalou sua posição do senador. Ele foi atacado com todas as forças pelo MDB e pelo PT, tendo à frente a aguerrida senadora Katia Abreu (PDT-TO), que armou um tremendo "barraco". Não adiantou. Até o Supremo dar seu veredito a favor do voto secreto, que seria a arma da traição, na madrugada do sábado.
Fortalecimento de Lasier
Essa manobra, contudo, foi sepultada pela ação decidida do senador gaúcho Lasier Martins (Podemos), que lutou e esbravejou no plenário, propondo desobediência branca à decisão do STF. O parlamentar gaúcho já vinha de longa data desafiando, inicialmente solitário, contra os dois alvos nesse embate: mesmo nos momentos de maior prestígio do então presidente do Senado, Lasier atacava frontalmente Renan Calheiros, perdendo, assim, pontos junto à maioria de antanho, mas firmando posição. Em paralelo, insurgia-se contra o voto secreto no plenário, apresentando um projeto de lei que, ao fim e ao cabo, foi o que valeu para o desfecho.
Onyx terá muito trabalho
Assim foi. Entretanto, não se pode diminuir o trabalho de construção dessa candidatura. Percebendo os ventos que soprariam em fevereiro, Alcolumbre visitou os novos senadores e falou com os descontentes antigos. Venceu, mas a guerra não acabou: a oposição MDB/PT será feroz. O ministro Onyx vai gastar muita saliva nos próximos meses.
 
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