O deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT) faz uma análise do novo Congresso Nacional, onde não há como fugir das negociações permanentes para a realização das reformas. Afirma que apesar de o futuro presidente Jair Bolsonaro (PSL) expressar o firme propósito de não lotear os ministérios, optando pela indicação de técnicos, não há como escapar das negociações para a realização das mudanças que necessitam de aprovação de dois terços do Congresso. Hoje surge uma nova configuração política entre governo e oposição, atesta o parlamentar.
Presidentes da Câmara e Senado
Segundo Motta, a escolha dos novos presidentes da Câmara e do Senado, será fator fundamental para a condução da pauta, e, a definição de colocar as matérias mais polêmicas em votação. É fundamental negociações prévias com líderes de todos os partidos, grandes e pequenos, para que as coisas andem no Parlamento.
Nova configuração política
Para Motta, o movimento que hoje mais se fortalece é o empenho dos parlamentares na constituição de blocos partidários, dando uma nova configuração política para as relações entre governo e oposição. Segundo o deputado, é uma tentativa de deixar de lado a barganha por cargos, emendas e outros interesses, e dar cunho programático aos entendimentos e até às divergências.
Relações de força
O partido do presidente, avalia o deputado, formou significativa bancada, mas, até então, não existia: a renovação é expressiva; as oposições estão divididas, e o Centrão, ainda vai buscar sua identidade, razão pela qual os blocos a serem constituídos é que vão definir as novas relações de força no Congresso. Assim será constituída a governabilidade para as reformas e a superação da crise. "É pouco crível que o governo, fora do Congresso, constitua governabilidade. A presença de Sérgio Moro e de generais conhecidos tem influência, mas é no Parlamento que deve ser buscada a governabilidade."
Embaixada do Brasil em Jerusalém
O embaixador da Palestina no Brasil, Abrahim Alzeben, reuniu, em sua residência, em Brasília, jornalistas convidados para falar sobre a intenção do presidente eleito do Brasil, de mudar a embaixada, em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém. Os embaixadores da Palestina, Egito, Marrocos e Jordânia, defenderam a neutralidade do Brasil e é o que querem transmitir ao presidente Jair Bolsonaro, os 18 embaixadores do Oriente Médio no País.
Oswaldo Aranha
A disputa pela cidade, que abriga locais sagrados para judeus, cristãos e muçulmanos, vem desde a criação do Estado de Israel. Quando, em 1947, em sessão presidida pelo brasileiro, o gaúcho de Alegrete, Oswaldo Aranha, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu pelo plano de partilha da Palestina entre um Estado árabe e outro judeu, Jerusalém foi designada como "corpus separatum" (corpo separado), sob controle internacional.
Exportações para o Oriente Médio
As implicações vão além do conflito entre Israel e Palestina, e podem resultar no isolamento diplomático do Brasil com enormes prejuízos às exportações brasileiras aos países do Oriente Médio, que são importadores, principalmente, de carne de frango.