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Repórter Brasília

- Publicada em 19 de Novembro de 2018 às 22:43

Confusão no ninho tucano

Confusão no ninho tucano. Não é pacífico que o governador eleito de São Paulo herdará sozinho o espólio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002). Os novos pássaros, que ainda nem aprenderam a voar, estão bicando os galos velhos e lançando o partido de Mário Covas e Franco Montoro, em uma luta sem tréguas pelo poder na legenda. O novo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é um dos líderes do movimento rebelde do PSDB, partido ideologicamente alinhado à centro-esquerda, que rompe com os velhos fundadores ao apoiar, no segundo turno, o candidato Jair Bolsonaro (PSL). Ele segue a linha liderada pela facção paulista dos tucanos - tendo à frente o futuro governador João Doria - que abandonaram o candidato oficial, Geraldo Alckmin, e passaram para o lado do capitão-presidente.
Confusão no ninho tucano. Não é pacífico que o governador eleito de São Paulo herdará sozinho o espólio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002). Os novos pássaros, que ainda nem aprenderam a voar, estão bicando os galos velhos e lançando o partido de Mário Covas e Franco Montoro, em uma luta sem tréguas pelo poder na legenda. O novo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é um dos líderes do movimento rebelde do PSDB, partido ideologicamente alinhado à centro-esquerda, que rompe com os velhos fundadores ao apoiar, no segundo turno, o candidato Jair Bolsonaro (PSL). Ele segue a linha liderada pela facção paulista dos tucanos - tendo à frente o futuro governador João Doria - que abandonaram o candidato oficial, Geraldo Alckmin, e passaram para o lado do capitão-presidente.
Comando nacional do PSDB
O senador Antônio Anastasia está com um pé no comando nacional do PSDB, ou do que sobrou desse partido. O cavalo (estropiado, é verdade), passa encilhado, embora o ex-governador tenha sofrido uma derrota acachapante para o novato Romeu Zema. De todos os grandes nomes tucanos, foi ele o que se saiu melhor da eleição de 2018. Previu a derrota, sacrificou-se pelo projeto nacional, mas cumpriu o seu dever. No Congresso, deve ser um dos grandes líderes do Senado nesta segunda parte de seu mandato.
Hora dos mineiros
Entre os grandes estados, Minas Gerais é o melhor colocado para recolher os cacos do tucanato, pois o outro vencedor, o gaúcho Eduardo Leite, ainda é muito jovem, marinheiro de primeira viagem, para comandar um partido tão complexo como o PSDB. O detentor natural desse poder, São Paulo, estaria fora do processo, pois, embora tenha vencido no estado, o governo paulista está derivando para outro lado. É a vez dos mineiros. Voltando a Minas, resta, ainda, especular sobre qual será o papel do ex-chefão, Aécio Neves, recém-eleito deputado federal. Com sua fama de ter sete vidas, ele estaria, neste momento, submerso, navegando em profundidade, de periscópio, para emergir na hora certa. A oportunidade não viria antes da eleição municipal de 2020, quando, então, teria oportunidade de enfrentar o governador eleito Romeu Zema.
Capilaridade é a vantagem
A vantagem relativa do PSDB de Minas Gerais, uma eleição municipal é sua capilaridade. O novo governo ainda não terá tido tempo para organizar-se em mais de 800 municípios para enfrentar seus antigos adversários tucanos e petistas. Além disso, os derrotados em 2018 podem, pacientemente, esperar que o governo do estreante Romeu Zema não consiga se implantar plenamente, dada a improvisação e a própria inexperiência do vencedor (ele não está propondo contratar Heads Hunter para formar o secretariado?). Quando chegar o momento, os velhos políticos teriam campo livre para sair da toca e isolar o Palácio da Liberdade. Como diz o veterano deputado Patrus Ananias (PT-MG), ex-prefeito da capital: "Minas é a expressão do Brasil". Esse quadro é o prenúncio do cenário político para 2020, que se repete nos demais estados? Só o tempo pode responder.
 
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