Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 08 de Outubro de 2018 às 22:40

Alternância de sistema político

Alternância de poder. A República Federativa do Brasil conhecerá esse mecanismo dos regimes democráticos. Não tem sido a regra. No modelo anterior, nos tempos dos Estados Unidos do Brasil, houve uma tentativa com Jânio Quadros. Também no atual regime, com Fernando Collor; deu errado. A eleição deste domingo, de um sistema de forças que não fez parte da formação da Nova República. Efetivamente, é uma verdadeira alternância.
Alternância de poder. A República Federativa do Brasil conhecerá esse mecanismo dos regimes democráticos. Não tem sido a regra. No modelo anterior, nos tempos dos Estados Unidos do Brasil, houve uma tentativa com Jânio Quadros. Também no atual regime, com Fernando Collor; deu errado. A eleição deste domingo, de um sistema de forças que não fez parte da formação da Nova República. Efetivamente, é uma verdadeira alternância.
Forças antagônicas
O Brasil sempre teve uma composição de forças antagônicas, mas simétricas. Como costuma dizer o atual chefe da Casa Civil de São Paulo, o ex-multiministro Aldo Rebelo (Pode): o País sempre saiu de suas grandes crises com uma composição entre as forças aparentemente antagônicas. Ele dá os exemplos: a independência foi um acordão entre patriotas nacionalistas (muitos republicanos) com portugueses estabelecidos no País, monarquistas e escravistas. A República, um outro acerto entre militares positivistas, ultranacionalistas e liberais paulistas, integrados à economia internacional.
Controlam os governos
O mesmo ocorreu na Revolução de 1930, na deposição de João Goulart e, por fim, na Nova República, produto de um acordo entre a oposição parlamentar (integrada, inclusive, pelos comunistas, os arqui-inimigos dos militares). Essa vertente, de que foram gerados os partidos que controlaram os governos desde a redemocratização, foi inteiramente derrotada neste primeiro turno das eleições.
Contato histórico
Jair Bolsonaro (PSL) e seu leque de partidos não têm nenhum ponto de contato histórico ou doutrinário com as forças remanescentes da devastação no sistema em fase de formação de 7 de outubro. Mesmo os partidos que aderiram ao capitão, na última hora, não terão o espaço tradicional das forças políticas. Bolsonaro diz que não fará acordo com partidos, mas com pessoas. Há uma mudança de profundidade que estaria embutida nesta eleição. O próprio Bolsonaro ainda não captou tudo o que veio na garupa dessa eleição. Há em curso, portanto, mais que uma troca de partidos, como foi do MDB para PSDB e depois para o PT. No modelo de Bolsonaro os partidos não entram. Desafio à teoria política. No entanto, ninguém pode dizer que não haverá alternância. É esperar para ver.
Algumas surpresas
Figurões do Senado, como Magno Malta (PR-ES) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES); Eunício Oliveira (MDB-CE) Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Valdir Raupp (MDB-RO), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Cristovam Buarque (PPS-DF) deixam o Senado. No Maranhão, a família Sarney perdeu a disputa para o governo do Estado, com Roseana Sarney (MDB), e o senador Sarney Filho (PV) não conseguiu a reeleição. Outro político de expressão no estado, Edison Lobão (MDB), também não retorna ao Senado. Na opinião do cientista político Alexandre Bandeira, a renovação é positiva. Lembra, entretanto, que poderia ser maior se houvesse uma reforma política mais ampla e os eleitores participassem de um outro sistema de escolha de seus representantes.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO