O que dizem os números

Os números da nova pesquisa do Ibope mostram que o quadro eleitoral apresenta alguns pontos importantes. De um lado, Jair Bolsonaro (PSL) se manteve em 28%. Por outro, a distância para Fernando Haddad (PT) reduziu, com o candidato petista crescendo três pontos, alcançando os 22%. Assim, Bolsonaro pode ser visto num momento de estabilidade. Já Haddad continua subindo, mas, sobe de forma moderada.

Chama atenção novamente a taxa de rejeição com Bolsonaro enfrentando um crescimento de 46%. São os eleitores que dizem na pesquisa que não votam em Bolsonaro de jeito nenhum. O candidato do PT, tem uma certa oscilação favorável pois de 29%, vai para 30%. As reprovações com as mulheres podem atrapalhar os planos de Bolsonaro no segundo turno. A rejeição entre as mulheres é de 54%. É um número que deve ser bem avaliado. A pesquisa mostra também que entre os homens, o número vai a 37%. Talvez a campanha maciça do tucano Geraldo Alckmin, principalmente na TV, mostrando os atritos do candidato do PSL com as mulheres, comece a fazer efeito.

Com os números revelados pela pesquisa desta segunda-feira, Bolsonaro que se mostrava acima dos outros candidatos, no segundo turno, agora perde para a maioria, e empata com Marina Silva (Rede). Ciro Gomes (PDT) aparece com 11 pontos na frente de Bolsonaro. Haddad, que praticamente estava empatado com Bolsonaro, agora abre uma frente de seis pontos em relação ao capitão. Alckmin aparece com cinco pontos à frente de Bolsonaro. Somando os votos nordestinos e das mulheres, Bolsonaro tem que aumentar sua preocupação com esses dois nichos. Garimpar esses votos com bastante intensidade.

Os deputados que buscam a reeleição aprovaram somente 1% dos projetos que propuseram. Foram apresentadas 10,2 mil propostas legislativas, a maioria, segundo o professor do Instituto de Ciências Políticas da Universidade de Brasília (UnB) David Fleischer, para os deputados "mostrarem serviço às bases". A atuação do parlamentar não se resume apenas a projetos de lei e sessões plenárias. Ele atua com intensidade nas diversas comissões do Congresso Nacional e nas visitas aos eleitores, buscando informações e propostas para atender às necessidades de cada região de seu estado. Talvez falte aos parlamentares algum critério de seleção na escolha de propostas a serem encaminhadas para votação.