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meio ambiente

- Publicada em 18 de Maio de 2021 às 21:18

Cidades atuam para ajudar a preservar biodiversidade

Áreas arborizadas ajudam a reduzir a temperatura média e evitar as 'ilhas de calor'

Áreas arborizadas ajudam a reduzir a temperatura média e evitar as 'ilhas de calor'


MARCO QUINTANA/ARQUIVO/JC
Indicadores ambientais têm apontado para riscos globais, segundo o relatório deste ano do Fórum Econômico Mundial. O alerta não é novo, tem se intensificado ano a ano. Em 2020, os cinco principais riscos globais eram relacionados ao meio ambiente. Em 2021, dividem o topo da lista com a preocupação com doenças infecciosas e armas de destruição em massa. A perda da biodiversidade, com "consequências irreversíveis para o meio ambiente, a humanidade e a atividade econômica, e uma destruição permanente do capital natural, em decorrência da extinção e/ou redução de espécies", é um dos indicadores que lideram a pesquisa de percepção de riscos.
Indicadores ambientais têm apontado para riscos globais, segundo o relatório deste ano do Fórum Econômico Mundial. O alerta não é novo, tem se intensificado ano a ano. Em 2020, os cinco principais riscos globais eram relacionados ao meio ambiente. Em 2021, dividem o topo da lista com a preocupação com doenças infecciosas e armas de destruição em massa. A perda da biodiversidade, com "consequências irreversíveis para o meio ambiente, a humanidade e a atividade econômica, e uma destruição permanente do capital natural, em decorrência da extinção e/ou redução de espécies", é um dos indicadores que lideram a pesquisa de percepção de riscos.
A explicação ajuda a compreender o termo "curva da biodiversidade", em declínio com o desaparecimento de espécies vegetais e animais em todo o mundo. Reverter essa queda depende de estratégias integradas e a resposta passa também pelas cidades, explica Victor Ferraz, coordenador de biodiversidade do Iclei Brasil. O Iclei - Governos Locais pela Sustentabilidade é uma rede global de atendimento a governos locais e regionais com foco no desenvolvimento urbano sustentável.
Ferraz avalia que, quando o assunto é meio ambiente, "as cidades se apropriam mais da agenda de clima". Um exemplo, ele cita, é a adoção de ônibus elétricos na frota do transporte coletivo, prática que reduz a emissão de poluentes que prejudicam a qualidade do ar, além de contribuir para mitigar impactos do aquecimento global.
A compreensão da agenda da biodiversidade é mais difícil, segue Ferraz. O desafio é identificar o papel que os centros urbanos podem cumprir em relação a um assunto aparentemente distante - é comum pensar que diz respeito somente a florestas e grandes parques naturais -, mas que também faz parte das áreas urbanizadas.
"Com a pandemia, temos visto as áreas verdes dentro das cidades com relevância fundamental para a população urbana. O trabalho é de tentar trazer essa mentalidade para dentro da gestão pública. Apoiamos os municípios a entender, por exemplo, como incluir áreas protegidas dentro do planejamento", explica.
No sábado, 22 de maio, será celebrado o Dia Internacional da Biodiversidade, data instituída pela ONU em 1992.

Soluções baseadas na natureza

Incorporar práticas de proteção à biodiversidade tem consequências positivas. Áreas arborizadas contribuem para melhorar a qualidade do ar ao reter o gás carbônico na atmosfera e liberar oxigênio. Com isso, diminui a ocorrência de problemas respiratórios, como a asma. Outra função das árvores é promover conforto térmico e reduzir as "ilhas de calor", que se formam em lugares com muitas construções e pouco arborizados, o que eleva a temperatura média na comparação com as partes mais "verdes" da cidade.
Estes são alguns exemplos e a lista segue. Além de criar espaços dedicados à natureza, como os cinturões verdes - parques, áreas de banhado ou hortas urbanas, para citar alguns casos -, outra forma de preservar a biodiversidade nas cidades é adotar formas de conter impactos ambientais com infraestrutura sustentável. Victor Ferraz, do Iclei, explica esse conceito: são as soluções baseadas na natureza.
Um exemplo é o "jardim de chuva", que consegue ampliar a permeabilidade, reter a água e direcionar o escoamento. Alternativa à infraestrutura cinza, de concreto, demanda obras de baixo custo que podem ser feitas em áreas pequenas, como uma vaga de estacionamento na rua, ou pouco usadas, como canteiros.

Dia da Biodiversidade

Em 22 de maio de 1992 foi instituído, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Biodiversidade, em referência à aprovação do texto final da Convenção da Diversidade Biológica (CDB). Neste ano será realizada a 15ª Conferência das Partes da CDB, a COP15, em outubro, na China.