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Pensar a Cidade

- Publicada em 13 de Maio de 2020 às 13:38

Canteiros incorporam protocolos de segurança à rotina da obra

Rotina de cuidados deve ser incorporada ao ambiente e seguir enquanto perdurar o risco

Rotina de cuidados deve ser incorporada ao ambiente e seguir enquanto perdurar o risco


MARCO QUINTANA/JC
Exigência do decreto que permite a retomada da construção civil em Porto Alegre, protocolos de segurança nas obras para evitar a disseminação de coronavírus já estão incorporados à rotina dos trabalhadores. Medição da temperatura na chegada ao canteiro de obras, uso de máscara e escala para acesso ao refeitório e ao vestiário são alguns exemplos.
Exigência do decreto que permite a retomada da construção civil em Porto Alegre, protocolos de segurança nas obras para evitar a disseminação de coronavírus já estão incorporados à rotina dos trabalhadores. Medição da temperatura na chegada ao canteiro de obras, uso de máscara e escala para acesso ao refeitório e ao vestiário são alguns exemplos.
"Quem está no canteiro de obras pega ônibus, circula, pode ser um transmissor. Quando se cuida (da saúde do operário), evita que o vírus se espalhe para o restante da sociedade", alerta Gelson Santana, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Porto Alegre (Sticc).
O sindicalista elogia a medida de suspender a atividade temporariamente, o que "contribuiu para achatar a curva de contágios", em referência ao termo técnico. Santana reconhece a importância econômica da retomada da atividade, mas destaca que a principal preocupação é com a vida dos trabalhadores. "Buscamos parceria junto ao Sinduscon (para as ações preventivas). Ninguém sai da crise sozinho", destaca.
Nas obras da Cyrela Goldsztein foram distribuídas ao menos duas máscaras para cada um dos cerca de 500 trabalhadores diretos e terceirizados que já retornaram às atividades. "Aumentamos os protocolos de higiene, disponibilizamos, em pontos circulação, lavatório, álcool gel e bancada para limpar ferramentas", conta o diretor de engenharia Gustavo Navarro.
Para mitigar os momentos mais críticos de aglomeração, foi definida escala para a chegada e a saída de cada trabalhador, respeitando o horário autorizado pelo decreto, entre 9h e 16h. "O mesmo acontece dentro do vestiário e no refeitório", diz Lúcio Caldas, gestor de engenharia da Maiojama. Nas obras da construtora, o refeitório passa por limpeza a cada troca de equipe.
Juliano Melnick, sócio-diretor da Melnick Even, cita um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro que aponta profissões do ramo da construção civil como as de menor risco de contágio para coronavírus. "Por ser feita ao ar livre, não existe aglomeração. Não é que não tenha risco, mas está entre os mais baixos", explica.
"Os grandes canteiros já se preservam. O maior problema é nos pequenos, onde não tem tanto cuidado. É com esses que devemos ficar mais atentos", afirma o presidente do Sticc. Os operários são orientados a denunciar situações de irregularidade e o sindicato está vistoriando as obras.
Santana defende que essa rotina de cuidados deve ser incorporada ao ambiente de trabalho e mantida enquanto perdurar o risco de contágio por Covid-19.
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