Ribeiro Jung

Mais uma antiga empresa, no caso, uma revenda de automóveis - segundo consta (Jornal do Comércio, página 11, edição de 24/01/2020), a mais antiga do Brasil da marca Ford -, está fechando as portas, ou trocando de dono, no caso. Para quem viu, em Porto Alegre, lojas e casas como Bromberg, Mesbla (também revenda da marca Ford), Krahe, Scarpini, Lyra, Guaspari, Masson e cinemas como Rio/Guarany, Rex, Imperial e Central, todos no entorno da Praça da Alfândega, dá uma nostalgia imensa. Mas é a mudança inexorável, com o passar dos anos. (Elsa Boaventura Yrigaray, Porto Alegre)

Conheci o atual prefeito de Caxias há exatamente 51 anos, em janeiro de 1969, quando prestamos vestibular na faculdade de Direito da UCS. À época, o município tinha 155 mil habitantes e já ponteava no cenário nacional pelo seu empreendedorismo, além de sediar a famosa Festa da Uva. Hoje, supera meio milhão de habitantes e é o segundo polo metalmecânico do Brasil, perdendo apenas para São Paulo. O Brasil possui 5.560 municípios. Portanto, milhares de prefeitos gostariam de administrar uma Caxias dessas. Fabrica os melhores ônibus do mundo. Tem tecnologia de ponta em todos os segmentos produtivos. É claro que atrai todo tipo de pessoas e empresas, gerando toda a sorte de problemas. A reportagem do Jornal do Comércio, edição de 10 de janeiro de 2020, na chamada de capa e na página 20, dá uma ideia do que enfrentará Flavio Cassina, o Cassinão, como o tratávamos carinhosamente. Sucessos, pois, em breve, Caxias do Sul será o segundo polo metalmecânico da América Latina. (Edgar Granata, advogado)

Tudo bem que, em meio à crise socioeconômica que assola o Brasil, muitos buscam, em iniciativas isoladas, pessoais, conseguir alguma renda. Fazer doces para vendê-los inclusive nos cruzamentos com sinaleiras é uma tendência que tenho visto em Porto Alegre. Mas, se muitos fizerem isso, quem irá comprar? (Ribamar Steverria, Porto Alegre)

Cada vez mais vejo barracas improvisadas em canteiros centrais ou embaixo de marquises em Porto Alegre. São pessoas que não têm mais onde morar, não têm onde comer, e a sociedade deve fazer algo. É uma tristeza ver pessoas, inclusive crianças, dormindo ao relento. (Nair Fioravante Dimaria, Porto Alegre)

"Fazei tudo a fim de que desapareça, ao menos gradativamente, aquele abismo que separa os excessivamente ricos, pouco numerosos, das grandes multidões dos pobres, daqueles que vivem na miséria, daqueles que vivem nas favelas. Fazei tudo para que esse abismo não aumente, mas diminua, para que se tenda à igualdade social", disse João Paulo II, em visita à Favela do Vidigal, no Rio de Janeiro, em 1980. (José Dias)