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Opinião Econômica

- Publicada em 16 de Fevereiro de 2020 às 18:48

Aposentado, e agora?

Opinião Econômica: Marcia Dessen

Opinião Econômica: Marcia Dessen


/ARQUIVO/JC
Marcia Dessen
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Planejadora financeira CFP (Certified Financial Planner), autora de Finanças pessoais: o que fazer com meu dinheiro
Robson, 65 anos, foi demitido, depois de trabalhar mais de 40 anos como empregado em uma grande empresa. Sua perspectiva agora é viver da Previdência Social, de trabalhos avulsos e incertos e do capital que, sabiamente, guardou para essa fase da vida.
A aposentadoria dele e da esposa equivale a 40% do salário na fase ativa. A expectativa de vida de ambos, a julgar pela idade dos pais, é de pelo menos mais 20 anos, até os 85 anos, e os preocupa saber que os gastos com saúde devem aumentar.
O fato de o casal não ter tido filhos facilitou e acelerou a formação do seu patrimônio. Eles conseguiram poupar uma boa quantia para complementar sua renda e manter o padrão de vida que tinham com um bom salário, férias, 13º e plano de saúde pagos pelo empregador, benefícios que não terão mais.
A principal preocupação de Robson é não saber qual será a rentabilidade das aplicações, se será superior à inflação, e como tentar melhorar o retorno, respeitando os riscos que considera aceitáveis.
Infelizmente, não temos nenhum controle sobre a rentabilidade futura das aplicações do mercado financeiro, muito depende da economia local e internacional, além das políticas monetárias adotadas pelo governo.
Como a incerteza é grande, é recomendável ignorar o rendimento em termos absolutos e pensar em taxa de juros real, acima da inflação, e líquida, após custos e impostos. Ser prudente utilizando taxa conservadora na simulação, cerca de 1% ao ano para investimentos de baixo risco e 3% ao ano para risco, parâmetros médios aceitáveis na conjuntura econômica atual.
Importante lembrar que ele estará na fase de desinvestimento, não fará aportes e realizará saques frequentes. Liquidez é fundamental em boa parte dos ativos da carteira.
Risco baixo, no máximo moderado, é o nível de risco adequado. Embora o período seja longo (20 anos ou mais), esse dinheiro não aceita riscos elevados, o objetivo é preservar o patrimônio com o melhor rendimento possível, sem colocar o capital em risco.
Uma forma de aumentar o retorno sem correr mais risco é reduzir os custos, negociando com as instituições financeiras em busca de dois atributos, rentabilidade e liquidez.
Ativos isentos de Imposto de Renda, protegidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos), bons fundos de investimento e planos de previdência com carteiras diversificadas e risco diluído são boas alternativas.
Robson atualizou detalhadamente o orçamento doméstico, projetou redução em algumas despesas e aumento em outras, como as relacionadas à saúde.
Descontou o valor da pensão social do INSS e, supondo o pior cenário, de nenhuma renda proveniente de trabalhos eventuais, calculou o valor dos saques mensais.
Utilizou taxa de juros real líquida de 1% ao ano na simulação e respirou tranquilo ao saber que o capital não se esgota antes dos cem anos de idade. Muito confortável saber que não precisará correr riscos desnecessários nos investimentos para tentar esticar a renda da carteira para fechar a conta de cada mês.
Antes, mantinha relacionamento com cinco instituições diferentes tentando ganhar alguns reais a mais. A tendência agora é concentrar as aplicações em no máximo duas casas, ganhando acesso a segmentos de maior prestígio, com ofertas mais competitivas, além de atendimento personalizado.
Alguns colegas de Robson, demitidos na mesma época, não foram previdentes, privilegiaram o presente negligenciando o futuro, estão em busca de trabalho, única fonte de renda complementar possível para eles.
Marcia Dessen
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