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Opinião Econômica

- Publicada em 18 de Junho de 2019 às 21:42

Rodolfo Matarazzo Feffer Klein

Opinião Econômica: Nizan Guanaes

Opinião Econômica: Nizan Guanaes


/Arquivo/JC
Enquanto o Brasil não começa a andar, o chef Rodolfo De Santis, que, como diz Caetano, é dessas pessoas que não olham quem sobe e desce a rampa, pisa forte no acelerador e abre um restaurante atrás do outro.
Enquanto o Brasil não começa a andar, o chef Rodolfo De Santis, que, como diz Caetano, é dessas pessoas que não olham quem sobe e desce a rampa, pisa forte no acelerador e abre um restaurante atrás do outro.
Rodolfo é italiano nascido na Puglia. Aos 14 anos, ele começou a estudar gastronomia, no início de uma longa carreira que o levou a trabalhar em alguns dos melhores restaurantes do mundo, como o Le Cinq Four Seasons, de Paris (três estrelas no Guia Michelin), e o La Pergola, em Roma (também três estrelas no Michelin).
Chegou ao Brasil em 2010. Arrumou sócios (que devem estar bem felizes) e abriu seu Nino Cucina, em São Paulo, em 2015. Em 2016, ele já foi eleito chef do ano na capital gastronômica do País.
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Rodolfo (foto) é o sangue de São Paulo. Ele é o DNA vivo que faz São Paulo ser São Paulo. Sou muito emotivo. Toda vez que escrevo sobre São Paulo, meus olhos se enchem de água. São Paulo me deu tudo. Cheguei aqui com uma mão na frente e outra atrás e me encontrei nesta cidade italiana, libanesa, japonesa, judia. Imigrantes que trouxeram, como Rodolfo, o amor pelo trabalho e o destemor do futuro. Gente que veio fazer a América. E fez. Os Matarazzo, os Malzoni, os Klein, os Feffer, os Kalil, os Olivetto, os Duailibi, os Petit, os Zaragoza. E Rodolfo.
Eu acompanho Rodolfo porque amo sua comida. O cara é trabalhador, é bonito, é gente boa. As pessoas que trabalham com ele o adoram. Mas o que o Rodolfo faz que me conquistou de vez é o fato de ele ser um empreendedor.
Ele foi abrindo na rua Pedroso Alvarenga, no Itaim, um restaurante maravilhoso (e lotado) atrás do outro. Ou melhor, um ao lado do outro: o Nino, depois a Salumeria, o Da Marino, de frutos do mar, e, neste ano, uma churrascaria chamada Giulietta.
Neste momento econômico do Brasil, cheio de ansiedades e interrogações, quem é o maluco que vai investir? Rodolfo De Santis vai.
Você o conhece, só não está ligando o nome à pessoa. O nome dele é Matarazzo. O nome dele é Valentim Diniz. O nome dele é Samuel Klein. O nome dele é Fabricio Bloisi, outro jovem que uma hora dessas conto sua história aqui, que debaixo dessa recessão toda fez um império digital que você conhece pelos nomes de iFood e PlayKids.
Ou Fernando Prado, empreendedor que ganhou prêmio de Harvard e que toca o ClickBus, empresa que permite a compra de passagens de ônibus pela internet e que certamente vai virar unicórnio.
Essa meninada empreendedora renova a minha esperança na vida e no Brasil. Ela me ensina e me enche de energia e disposição para trabalhar.
Acabei de conhecer um monte deles no meu curso de Harvard: éramos 24 brasileiros de um grupo de 160 pessoas do mundo todo, gente que não quer saber de más notícias, gente que não quer saber de Brasília. Eles sabem e fazem a hora, não esperam acontecer. E a reengenharia de um mundo novo, tão necessária e tão possível em meio a essa revolução tecnológica, está nas mãos calejadas e incansáveis dos empreendedores.
Rodolfo De Santis, você me faz amar São Paulo, seu povo trabalhador que teima em prosperar. E que prova, teimosamente, que nada vence o trabalho e que o Brasil tem jeito.
Empreendedor, fundador do Grupo ABC
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