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Opinião Econômica

- Publicada em 07 de Janeiro de 2019 às 01:00

Aprenda a gastar dinheiro

Opinião Econômica: Marcia Dessen

Opinião Econômica: Marcia Dessen


/ARQUIVO/JC
Marcia Dessen
Muito se fala sobre investimentos, a importância de poupar, a essencial reserva financeira, cuidar do futuro, planejar a aposentadoria. Mas muitos não conseguem dar o primeiro passo, presos em uma cilada que nós mesmos criamos: gastamos mais do que ganhamos e não sabemos como interromper esse círculo vicioso.
Muito se fala sobre investimentos, a importância de poupar, a essencial reserva financeira, cuidar do futuro, planejar a aposentadoria. Mas muitos não conseguem dar o primeiro passo, presos em uma cilada que nós mesmos criamos: gastamos mais do que ganhamos e não sabemos como interromper esse círculo vicioso.
Cada um de nós cria as próprias regras, segundo as quais gastaremos o dinheiro, fruto do nosso trabalho ou de receitas extras, como 13º, bônus, férias, devolução do Imposto de Renda, por exemplo.
Quando o fluxo de caixa é conhecido - quanto dinheiro entra e quanto dinheiro sai -, sabemos qual é nossa capacidade de poupança, sendo possível estabelecer metas de médio e longo prazos e investir para realizar nossos sonhos e nos prepararmos para a vida longeva que nos espera.
Quando faltam clareza e controle sobre as entradas e saídas de caixa, não existe margem, não sobra nada. Ter pouco ou nenhum dinheiro no fim do mês, ou pior, acumular dívidas, pode ser muito estressante.
O estresse financeiro afeta nosso desempenho no trabalho e nossa qualidade de vida em geral. Então como podemos reduzir nosso estresse financeiro e controlar nosso fluxo de caixa?
Controle é essencial, e tudo começa por aqui, não é possível administrar o que não controlamos. O controle deve ser feito antes dos gastos, preparando uma planilha com todas as despesas, assegurando que não excedam ao valor dos recursos disponíveis no mês.
É importante classificar as despesas por tipo - moradia, alimentação, transporte, saúde, lazer etc. -, caso contrário, o controle será apenas numérico, contas de somar e subtrair, sem a consciência e a reflexão do que está sendo feito com o dinheiro.
Estabelecer prioridades e limites faz parte do processo. As despesas não podem ultrapassar as receitas do mês. Saldo devedor está fora de cogitação. Assim, prepare-se para adiar ou cancelar despesas para fechar o mês com sinal positivo.
Pague a você em primeiro lugar, separe parte da receita, entre 10% e 20%, para realizar os seus sonhos. Sabe as metas que têm sido adiadas porque não sobra dinheiro? Não sobra porque estão no final da fila e não são priorizadas. Não espere sobrar, sonhos não se realizam com sobras.
Mantenha uma reserva financeira para os imprevistos, assim o orçamento regular do mês será preservado e a despesa excedente será quitada com recursos da reserva. Sem ela, a conta não fecha, e você recorrerá a empréstimo para conseguir pagar tudo que precisa.
Mantenha distância dos cartões de crédito e das compras impulsivas pela internet. É muito fácil perder o controle. Se cair em tentação, pague uma multa a si mesmo e transfira para sua reserva o mesmo montante que acabou de ser gasto com compras não planejadas.
Crie um mecanismo de controle que funcione para você. Dinheiro vivo em envelopes, um caderno, uma planilha eletrônica, um aplicativo, enfim, qualquer meio que permita controlar, limitar, classificar, priorizar.
Aprenda a dizer não para si mesmo, para os filhos, para a família. Diga sim para o que importa, motiva, protege, lembre-se de que é sempre uma escolha.
Colocar sua vida financeira em ordem depende, em grande parte, só de você. Organize-se, reflita a respeito da forma como tem se relacionado com o dinheiro, mude um ou dois hábitos ruins, identificados como prejudiciais para suas finanças. Adote a organização financeira como uma de suas prioridades em 2019.
Planejadora financeira CFP ("Certified Financial Planner"), autora de "Finanças Pessoais: O Que Fazer com Meu Dinheiro"
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