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Olhar da Fé

- Publicada em 24 de Fevereiro de 2021 às 21:23

O cuidado com a linguagem

Dom Aparecido Donizeti de Souza, bispo auxiliar de Porto Alegre
Dom Aparecido Donizeti de Souza, bispo auxiliar de Porto Alegre
A humanidade, ao mesmo tempo em que demonstra estar cansada de guerra, violência, agressividade e tantas injustiças sociais, parece também carecer aprender a usar melhor a linguagem, seja verbal ou não verbal, em seu cotidiano. Não é pretensão generalizar aqui, pois muitas pessoas sabem cuidar daquilo que dizem e como dizem. Mas, infelizmente, muitas intrigas, discórdias, divisões e até mortes são geradas pelo não uso da capacidade de dialogar adequadamente. O diálogo supõe saber ouvir e saber falar sem querer ser o centro das atenções e muito menos querer ser o dono da verdade.
É salutar e gratificante quando vemos pessoas que souberam desenvolver essa bela arte da comunicação. São pessoas que sabem construir pontes e jamais criam muros que dividem. Basta uma palavra “mal dita” para gerar conflitos entre seres humanos. E quando ainda uma autoridade, seja política ou religiosa, profere palavras sem o uso do bom senso e sem ter essa preocupação em construir uma cultura da paz, o estrago é muito grande.
Essa realidade se percebe já no seio familiar. Muitos dos conflitos familiares seriam resolvidos a partir de um diálogo sincero onde ninguém se sente o dono da verdade, mas juntos buscam compreender melhor as coisas em vista da restauração da paz e harmonia no lar. Quando um se acha no direito de se sentir o dono da verdade quebra toda possibilidade de diálogo. Isso vai gerando esfriamento na relação que pode chegar a uma convivência insuportável onde, infelizmente, muitos acham que só a separação ou divórcio seja o remédio.
Até dentro da própria Igreja isso é algo presente. Quando um líder religioso se acha no direito de dizer o que pensa e como pensa sem levar em conta o essencial de sua missão, que é favorecer a unidade e comunhão entre todos, sobretudo estar em comunhão com o Papa e o Colégio Episcopal, vai favorecendo um clima de hostilidade, de polarização. Gera, na verdade, um clima de divisão entre pessoas que se dizem seguidoras de Cristo. E isso acontece, não poucas vezes, em nome de um “amor” pela Igreja e pela Tradição. Não basta ter boas intenções quando falta o devido cuidado com aquilo que se fala e como se fala.
Crescer na arte do diálogo, saber discernir bem as coisas, buscar perceber o que não está em conformidade com a verdade do Evangelho e buscar, com maturidade em Cristo, fazer tudo que é possível para construir uma cultura da paz, a partir da Justiça do Reino e da misericórdia revelada em Cristo, é o caminho que todos devemos percorrer.
Fraternidade pede ajuda da população para seguir atendendo população de rua - Desde abril de 2020, quando foi liberada para funcionamento, a Casa de Acolhida Filhos Prediletos atua no atendimento a pessoas em situação de rua em Porto Alegre. Atualmente, na Rua Duque de Caxias, 380, Centro Histórico da capital, os freis da Fraternidade O Caminho recepcionam os moradores nas segundas e quintas-feiras e aos sábados, quando é servido café da manhã e almoço. Além disso e da orientação espiritual e apoio fraternal, os indivíduos que sofrem com a dependência química podem permanecer na casa, gratuitamente, com trabalho diário, convivência, oração e estudo da Palavra de Deus, até serem encaminhados a um dos centros de recuperação localizados nos estados de Santa Catarina e Paraná. Em janeiro, a fraternidade recebeu mais sete noviços e também possui uma casa feminina na cidade, com o mesmo intuito, denominada Fraternitas Santa Catarina. “Assumindo plenamente a vida de Jesus, assumimos, também, a sua missão. Como membros de uma Igreja missionária, nos colocamos em total espírito de disponibilidade para, em nome dela, sermos enviados aos mais pobres de todo o mundo”, relata frei Rivaldo. Nas sextas-feiras, os freis também atuam na Pastoral de Rua, às 20h, com encontro em frente à casa na Rua Duque de Caxias. Nestes dias, são atendidas cerca de 50 pessoas. Na terça-feira, feriado de Carnaval, foram atendidos 110 irmãos de rua. Para seguir ajudando, diariamente, a Casa de Acolhida Filhos Prediletos de Porto Alegre precisa de doações constantes. Todo item alimentício, de limpeza e agasalhos são muito bem-vindos. As principais necessidades diárias são: café em pó, leite, margarina, chimia, bolachas doce e salgada, salsicha, enlatados, óleo, temperos (alho, cebola, cheiro verde etc), verduras e frutas e, em especial, carne de frango e ovos. Para acompanhar os trabalhos realizados, a Fraternidade O Caminho Porto Alegre conta com a sua página no Facebook (facebook.com/ocaminhoportoalegre), inclusive disponibilizando o novo Boletim Informativo, com as principais notícias. Mais informações e para oferecer-se ao voluntariado na Fraternidade, o telefone de contato é (51) 3234-2869 e (51) 98932-9467.
Coronavírus: Arquidiocese emite nota sobre catequese (IVC) - Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre, emitiu Nota Oficial na última segunda-feira (22) sobre a Iniciação à Vida Cristã (IVC) e dirigida aos párocos da Arquidiocese. Entre as novas orientações no atual contexto de bandeira preta da pandemia, como forma de prevenção ao coronavírus (COVID-19) estão novos protocolos para o Batismo, celebrações para a Primeira Comunhão Eucarística (durante o Tempo Pascal) e Crisma, catequese 2021 e formação de catequistas entre outros. Acesse o link e leia o conteúdo na íntegra: https://bit.ly/3qSvkC9.
Proposta da CNBB para que o Judiciário não realize despejos na pandemia é aprovada no Conselho Nacional de Justiça - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aprovou, na última terça-feira (23), em sua 325ª Sessão Ordinária, uma resolução que recomenda ao judiciário que não autorize ações de despejo durante a pandemia da COVID-19. A matéria foi proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através do Observatório dos Direitos Humanos ao Poder Judiciário (ODH). Segundo o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, a aprovação da proposta apresentada pela CNBB é um ato de extrema sensibilidade humana. “Isso é uma demonstração de nossa sensibilidade, diante do resultado que nos traz o magnífico observatório. Agradeço à CNBB por essa entrega significativa aos direitos humanos”, afirmou o ministro Fux. A medida foi festejada pelo assessor político da CNBB, padre Paulo Renato, que participou da sessão representando a entidade. “Muito bom, é uma questão humanitária. É um novo humanismo, esse humanismo cristão. É uma visão diferenciada, em tempos tão difíceis. O ministro Fux acolher isso foi uma ótima notícia.” Representante do Observatório de Direitos Humanos (ODH) do Poder Judiciário, o advogado Leandro Gaspar Scalabrin apresentou aos ministros alguns dados do relatório sobre o Direito à Moradia, produzido pela entidade em junho de 2020. “Durante a pandemia, já ocorreram 79 despejos. Nesses, 9 mil famílias foram colocadas em situação de desabrigo. Atualmente, 64 mil famílias estão ameaçadas de despejo neste momento no Brasil”, explicou Scalabrin.
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