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Olhar da Fé

- Publicada em 28 de Outubro de 2020 às 18:06

O enigma da morte

Por Dom Leomar Brustolin, bispo auxiliar de Porto Alegre
Por Dom Leomar Brustolin, bispo auxiliar de Porto Alegre
Estamos habituados a nos questionar e refletir sobre o sentido da vida em meio aos revezes do cotidiano e da existência. Geralmente, contudo, não nos perguntamos sobre a nossa morte. No máximo, ficamos indignados com a morte dos outros, especialmente quando são vinculados à nossa história.
A pandemia do novo coronavírus, entretanto, provoca a humanidade com o sentimento de incerteza, insegurança e finitude. Diante do inimigo invisível que ceifa vidas, podemos nos perguntar sobre o sentido da dor, do mal e da morte. O enigma da morte atormenta a condição humana, não somente porque se percebe a dissolução do corpo pela enfermidade ou envelhecimento, mas, sobretudo, em função do temor de que tudo se acabe para sempre.
A miríade de religiões do mundo, entretanto, expressa a intuição do coração humano, que se recusa à ruína total e ao desaparecimento definitivo. Há uma semente de eternidade plantada em cada pessoa, ainda que nem todos a cultivem. Esse germe refuta a possibilidade de reduzir toda a densa experiência do viver às condições limitadas do tempo e da pura matéria. Não se trata de querer prolongar os dias de forma infinita, mas de derrotar o inimigo mais ameaçador de todos: a morte.
O dia dos finados é expressão da memória dos que partiram e deixaram saudade, mas é também sinal de esperança. Não se trata de fantasia sobre onde e como estão os mortos, pois diante da morte toda imaginação se revela impotente. Trata-se de crer que o humano é uma criatura de Deus destinada a um final feliz, além dos limites do tempo e do espaço. A fé assegura que há uma vida eterna que não conhece dor, nem lágrimas e tampouco a morte. Essa realidade tão excelsa é a participação na vida divina. O dia dos mortos oferece a possibilidade de rezar pelos irmãos e irmãs queridos que a morte já levou, crendo e esperando que eles alcançaram a verdadeira vida junto de Deus.
Toda essa esperança não é teoria. É seguimento Daquele que passou pela morte da cruz e ressuscitou. Não se trata de aderir a uma doutrina, mas, sobretudo, de se relacionar ou não com Aquele que, em sua vida e morte, superou o enigma da dor e da morte. Crer na vida eterna é um dom que a fé concede. Afinal, é morrendo que se vive para a vida eterna!
Caminhão do Mensageiro da Caridade segue recolhendo doações - Os tradicionais caminhões do Mensageiro da Caridade, que há décadas coletam doações dos porto-alegrenses por toda a capital gaúcha, está com a sua demanda bastante reduzida. Isso porque desde o início da pandemia do novo coronavírus, os pedidos diminuíram drasticamente. Dos 11 caminhões que circulavam diariamente pela cidade, agora apenas 5 estão circulando. Para o diretor Executivo da Cáritas Arquidiocesana, Luís Carlos Campos, isso se deve aos cuidados de proteção ao vírus, por meio do isolamento social, e também porque algumas pessoas acreditam que o serviço social da Igreja não está atendendo nesta pandemia. “A coleta realizada pelos caminhões do mensageiro seguem sendo realizadas normalmente, o único diferencial neste período é que estamos seguindo rigorosas normas de saúde para proteger quem faz a doação e nossos funcionários”, explica Luiz. Os caminhões seguem realizando as coletas mediante agendamento, que pode ser feito pelo telefone: (51) 3223-2555, das 13h às 18h, ou ainda pelo site http://www.mensageirodacaridade.org/contato, durante 24 horas. Normalmente, o contato com o interessado em realizar a doação acontece já no dia seguinte ao agendamento. Outro diferencial da coleta neste período de pandemia é que não está ocorrendo a desmontagem de móveis, eles devem ser deixados fora do imóvel já desmontados quando se tratarem de móveis grandes. Todas as doações feitas ao Mensageiro da Caridade são destinadas ao serviço social da Igreja que doa o que é arrecadado para comunidades carentes e pessoas em vulnerabilidade social ou são comercializadas nas lojas do Mensageiro e o valor revertido para as obras sociais da Igreja de Porto Alegre. São duas lojas: pela manhã funciona a loja na rua da Zero Hora e à tarde na Av. Ipiranga.
Campanha do Dia de Finados pede para plantar uma árvore - Em mensagem de vídeo, publicada em 27 de outubro, o arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, convidou os cristãos e católicos da Igreja no Brasil à realização de um gesto concreto de plantar uma árvore no próximo Dia de Finados, 2 de novembro, em homenagem aos que faleceram, especialmente os vitimados pela pandemia da Covid 19. “Somos, pois, chamados a testemunhar desde já a nossa esperança enfrentando a morte com gestos de amor. Um gesto cristão e cidadão de quem aposta na vida diante da morte. Sejamos nós todos, Igreja no Brasil, em cada lugar com este gesto de amor”, afirmou em sua mensagem. Dom Walmor pediu, neste tempo de luto, no qual recorda-se os familiares e amigos já falecidos, que sejam lembrados também as milhares de pessoas que faleceram neste ano vítimas da pandemia da Covid-19. “Sejamos solidários à dor das famílias, tantos órfãos, viúvos e viúvas, irmãos que enfrentaram a dor da separação e o luto imposto pela enfermidade”, afirmou. Segundo dom Walmor, a solidariedade e corresponsabilidade uns com os outros é parte da identidade cristã. “É o que nos pede o Papa Francisco em sua carta encíclica Fratelli Tutti dedicada a um princípio da nossa fé – somos todos irmãos”. O que exige, segundo dom Walmor, que os cristãos cuidem uns dos outros e pratiquem a empatia com gestos concretos num tempo de tantos embates desnecessários.
"Economia de Francisco" será on-line, de 19 a 21 de novembro - Realizou-se na manhã de terça-feira (27), na Sala de Imprensa da Santa Sé, a apresentação do The Economy of Francesco, evento internacional que tem como protagonistas jovens economistas e empresários de todo o mundo, e que se realizará de 19 a 21 de novembro em live streaming no portal francescoeconomy.org. Para o final dos três dias, confirmada a participação "virtual" do Papa Francisco. A iniciativa ganhou corpo a partir do convite do Santo Padre dirigido em 11 de maio de 2019 a economistas, estudantes, empresários e empresários com menos de 35 anos. O Papa Francisco, de fato, pretende iniciar, com jovens e um grupo de especialistas qualificados, um processo de mudança global para que a economia de hoje e de amanhã seja mais justa, fraterna inclusiva e sustentável, sem deixar ninguém para trás. O encontro estava agendado para se realizar de 26 a 28 de março deste ano em Assis, mas com a emergência provocada pela pandemia de coronavírus, acabou sendo adiado para novembro, via streaming. O próximo encontro, este sim presencial, está programando para se realizar, sempre na cidade de São Francisco, no outono de 2021, quando as condições de saúde permitirem a participação de todos. A organização do evento The Economy of Francesco, em versão on-line, permitirá que todos os jovens inscritos (2.000 de 120 países) participem do encontro nas mesmas condições, de compartilhar suas experiências, trabalhos, propostas e as reflexões amadurecidas nos últimos meses.
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