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Olhar da Fé

- Publicada em 10 de Setembro de 2020 às 10:51

A crise e a Pátria Amada

Por Dom Jaime Spengler
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
A semana da Pátria convida-nos a rever, revisitar aspectos importantes da realidade brasileira. O Hino Nacional apresenta alguns destes aspectos: “teus risonhos, lindos campos têm mais flores. Nossos bosques têm mais vida. Nossa vida, no teu seio, mais amores”.
A poesia consegue expressar com beleza e nitidez o que, talvez, o discurso não alcança. As riquezas e oportunidades oferecidas pelo território nacional são inúmeras!
Contudo, o país é marcado por incompreensíveis desigualdades sociais. Diante dessa situação histórica, o discípulo de Jesus Cristo não pode permanecer indiferente. Isto porque “o verdadeiro cristianismo rejeita a ideia de que uns nascem pobres e outros ricos, que os pobres devem atribuir sua pobreza à vontade de Deus” (H. Câmara).
Recentemente a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a Ordem dos Advogados do Brasil, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, a Academia Brasileira de Ciência, a Associação Brasileira de Imprensa e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência se uniram e dirigiram a palavra a todos os cidadãos brasileiros, expressando a gravidade vivida pela imensa maioria da população da Pátria amada:
“A hora é grave e clama por liderança ética, arrojada, humanística, que ecoe um pacto firmado por toda a sociedade, como compromisso e bússola para a superação da crise atual. Como em outras pandemias, sabemos que a atual só agravará o quadro de exclusão social no Brasil. Associada às precárias condições de saneamento, moradia, renda e acesso a serviços públicos, a histórica desigualdade em nosso país torna a pandemia do novo coronavírus ainda mais cruel para brasileiros submetidos à privações. Por isso, hoje nos unimos para conclamar que todos os esforços, públicos e privados, sejam envidados para que ninguém seja deixado para trás nesta difícil travessia. Não é justo jogar o ônus da imensa crise nos ombros dos mais pobres e dos trabalhadores. O princípio da dignidade humana impõe a todos e, sobretudo, ao Estado, o dever de dar absoluta prioridade às populações de rua, aos moradores de comunidades carentes, aos idosos, aos povos indígenas, à população prisional e aos demais grupos em situação de vulnerabilidade. Acrescente-se ao princípio da dignidade humana, o princípio da solidariedade – só assim iremos na direção de uma sociedade mais justa, sustentável e fraterna”.
A crise requer ações, iniciativas viáveis, “remédios”!. É a crise que indicará o caminho da superação, no confronto com as verdades do Evangelho. O Evangelho, lido, relido, meditado, rezado e dialogado na comunidade aponta critérios e valores para a leitura da crise. Oferece também luzes necessárias para o caminho de sua superação, qual oportunidade para um futuro digno para todos.
70 anos de missão Schoenstatt - Neste mês de setembro de 2020, completam-se 70 anos que a Mãe Peregrina de Schoenstatt visita famílias, hospitais, presídios, escolas, comércios. Hoje, seu alcance se estende a 264 circuncisões eclesiásticas no Brasil. É um presente da Igreja brasileira para o mundo, pois ela está presente em mais de 200 países e tudo começou aqui no Brasil: no dia 10 de setembro de 1950. Quer saber mais acesse: https://schoenstatt.org.br/
Mês da Bíblia - Iniciou no dia 1º de setembro, o Mês da Bíblia 2020. Este ano, a Igreja no Brasil aprofundar o livro de Deuteronômio e o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11) para animar a realização de atividades em torno da bíblia nos próximos dias. Em uma live realizada pela Edições CNBB dia 27 de agosto, em preparação ao Mês da Bíblia, o bispo de Luziânia (GO), dom Waldemar Passini e membro da Comissão Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), retomou a história e a origem do mês no Brasil e apresentou as orientações da Comissão Bíblico Catequética da CNBB para este ano levando-se em conta o contexto do novo Coronavírus. A sugestão da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB é que a oração, a reflexão e os estudos sejam feitos em família sobre o Livro do Deuteronômio, tendo o cuidado de adaptar a reflexão às diferentes idades. O material também, como sugestão da Comissão da CNBB, poderá ser estudado em grupos de convivência que tenham uma espiritualidade bíblica (amigos, colegas de trabalho, círculos bíblicos, entre outros). Uma outra sugestão é fazer encontros à distância pelas plataformas que permitem reuniões online. Encontros, como este, podem ser organizados pelas comunidades e paróquias. A origem da celebração do Mês da Bíblia, um evento que é específico da Igreja no Brasil, tem origem com o Domingo da Bíblia, cujo início no Brasil se deu a partir da 1ª Semana Bíblica Nacional, em 1947. O livro Deuteronômio, aprofundado este ano, trata-se de grande importância, citado várias vezes no Novo Testamento e coloca em seu centro a Lei de Deus.
Pastoral da Educação trata sobre os desafios do ensino à distância - O evento começa só nesta sexta-feira (11), mas os interessados já podem se preparar para o XX Encontro Nacional da Pastoral da Educação com o material de apoio e vídeos disponibilizados pelo setor de Educação da Comissão de Cultura e Educação da CNBB. O desafio do ensino à distância, sobretudo nas escolas públicas do Brasil, vai direcionar o debate sobre o impacto da pandemia na educação. O país, segundo relatório divulgado essa semana pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), enfrenta problemas para a reabertura, como salas pequenas - que impossibilitam o distanciamento social - e poucos professores jovens. O documento reúne dados analisados em 37 países que fazem parte do bloco, além de 9 parceiros – entre eles, o Brasil. Até junho, o país havia passado 16 semanas com escolas fechadas, enquanto a média dos países desenvolvidos era de 14 semanas. Em alguns lugares, porém, há escolas que não reabriram ainda o que demonstra que os dados brasileiros devem ser bem maiores que os divulgados. Com salas cheias devido ao reduzido espaço disponível e poucos professores jovens atuando, o país enfrenta desafios na reabertura das escolas para manter o distanciamento social e organizar o trabalho dos docentes – quase 90% deles com idade acima de 30 anos. Uma das alternativas que está sendo analisada atualmente é o rodízio de alunos nos dias da semana. Os dados divulgados pela organização internacional sobre o fechamento das escolas e universidades, como alternativa para desacelerar a contaminação pelo coronavírus, antecipam impactos que serão gerados na aprendizagem e nas habilidades dos alunos em nível global. Entre as medidas apresentadas para mitigar essas consequências está o ensino à distância oferecido pelas escolas, mesmo com o retorno das aulas presenciais. Os desafios para manter essa regularidade nos estudos on-line será tema do XX Encontro Nacional da Pastoral da Educação marcado para os dias 11 e 12 de setembro, em modalidade virtual. Vídeos de preparação ao evento estão sendo disponibilizados pelo canal da comissão no YouTube (https://bit.ly/32gnpEW), além de um e-book com material de estudo (https://bit.ly/2GG06vD). Para fazer a inscrição acesse: https://bit.ly/2ZmhjAS.
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