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Olhar da Fé

- Publicada em 05 de Dezembro de 2019 às 18:14

O Natal e os novos horizontes

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
“O futuro entra em nós, para se transformar em nós muito antes que aconteça” (R.M. Rilke). Quando a perspectiva de um futuro viável entra no presente, então o presente muda, pois foi tocado pela realidade futura.
Cada geração é convidada a dar a própria contribuição para que a geração seguinte possa experimentar, realizar e promover o reto uso da liberdade. É isso que permite, de certo modo, prover e prever um futuro sadio.
O ser humano é marcado pelo seu enraizamento na história e pela perspectiva de novos horizontes, pela necessidade de interioridade e desejo de universalidade. Ele é encarnado na história e aberto à transcendência.
Transcender-se não significa fugir da própria condição, mas nela mergulhar: “transcender é humanizar-se”.
Transcender-se, buscar novos horizontes, permite romper e ultrapassar barreiras e resistências. Dispor-se a essa busca, representa um vigoroso estímulo para sondar o sentido da própria existência: a verdade, a liberdade, o bem, o belo, o amor. Orientado por tal disposição, a pessoa vai intuindo em que consiste a própria maturidade, proporcionando-lhe equilíbrio interior, lucidez mental e limpidez afetiva.
Resgatar as próprias raízes e dispor-se a novos horizontes permite viver mais profunda e autenticamente. Permite à pessoa harmonizar todos os níveis da existência: corpo, mente, afetos e coração, e integra-se com a fonte da vida.
Numa época marcada por autossubjetividade e autorreferencialidade, na qual um sinal contundente seja, talvez, o número de adolescentes e jovens que se automutilam e cometem suicídio, devido à sensação de incompreensão, inutilidade, culpa, desamparo, desamor, falta de referências seguras e horizontes maiores, recordar a necessidade de promover o conhecimento das próprias raízes e de novos horizontes se torna para todos um imperativo. Ocultar os dados, omitir a questão e dispensar-se de responsabilidade significa optar por alienação, negligência e hipocrisia.
Os cristãos são pessoas de confiança e testemunhas da esperança. Por isso, chamados a oferecer orientação e valores, deixando-se tocar pelos desafios do tempo.
As semanas que antecedem o Natal representam ocasião propícia para rever comportamentos e reacender a esperança. Urge renovar a alegria de viver!
Ordenação em Charqueadas - A Arquidiocese de Porto Alegre convida a todos, em especial a comunidade de Charqueadas, para a celebração eucarística na qual serão ordenados diáconos da Igreja Davi Jonas Dietrich e Neimar da Rosa. A Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora será realizada no próximo domingo (8), às 18h, na Comunidade Cristo Rei, Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes (Rua Cruz de Malta, 1223 - Centro), em Charqueadas.
Os jovens de Paraisópolis - A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na terça-feira (3) uma nota em que expressa “fraternal solidariedade da Igreja Católica às famílias atingidas por este grave golpe mortal e sangrento”, sobre a ação conduzida pela Polícia Militar de São Paulo que resultou na morte de 9 jovens na comunidade de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista. A nota ainda critica a política de segurança do Estado, referindo-se à “ausência de recursos materiais e políticas públicas indispensáveis ao bem-estar, fraternidade e sociabilidade”. Leia a nota na íntegra.
Papa reflete sobre o Presépio - No último domingo (1º), I Domingo do Advento, o Papa Francisco assinou e apresentou a Carta Apostólica “Admirabile Signum”, “Sinal Admirável”, sobre o significado e valor do Presépio. Fê-lo em Greccio, na região do Lazio, na província de Rieti, a cerca de 100 quilómetros de Roma, no local onde, segundo a tradição, São Francisco de Assis animou a representação da natividade a 25 de dezembro de 1223. Efetivamente, foi nesse ano que S. Francisco de Assis decidiu celebrar a Missa de forma diferente, numa gruta na floresta de Greccio. O santo transportou para essa gruta um boi, um burro, feno e imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria e de São José. Na sua Carta Apostólica, Francisco assinala que quer “apoiar a tradição bonita” das famílias cristãs que preparam o Presépio “nos dias que antecedem o Natal”. Um costume que Francisco deseja “redescobrir e revitalizar”. A Carta Apostólica de Francisco “Sinal Admirável” sobre o significado do Presépio sublinha que o que conta no Presépio é que ele “fale à nossa vida” e nos leve a transmitir a fé. Entre outros aspectos, o Santo Padre ressalta que o Presépio é “um convite” a “tocar” a “pobreza” que o “Filho de Deus” “escolheu para Si mesmo”. Torna-se um “apelo” para “seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz”. Um caminho para ser vivido no serviço dos “irmãos e irmãs mais necessitados” – afirma.
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