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Olhar da Fé

- Publicada em 13 de Novembro de 2019 às 19:15

A morte não é eterna!

Por Dom Leomar Antônio Brustolin, Bispo Auxiliar Arquidiocese de Porto Alegre
Por Dom Leomar Antônio Brustolin, Bispo Auxiliar Arquidiocese de Porto Alegre
No entardecer da vida, seremos julgados pelo amor. Assim São João da Cruz, o grande místico espanhol do século XVII sentenciou sobre o fim de nossos dias. Tratar da morte geralmente é muito difícil porque as pessoas a pensam fora da vida. Morrer faz parte do viver. Gastar tempo, consumir energia, renunciar algo, perder: tudo revela diariamente que a vida é como uma vela que se consome para produzir luz.
Preparar-se para o entardecer da vida não é olhar para a noite da morte, mas perceber que o sol se põe nesta vida terrena, mas continua a brilhar na vida eterna, onde é sempre dia. Falar do morrer significa tratar do viver. Se pensássemos apenas no morrer, colocaríamos o sentido de tudo somente no final da existência. Muitas pessoas tenderam para essa posição e acabaram desprezando o viver e perdendo o sabor dos dias na Terra. A tentação maior de nossos dias, contudo, é a abordagem contrária, pensar somente no agora, no material, na vida saudável, jovem e bela. Isso é provisório demais e pode gerar um desespero quando os limites começam a aparecer.
Os cristãos definem a morte como passagem da vida limitada para uma vida plena, em Deus. Trata-se de plenificar e consumar o que agora temos apenas como imagem. Vivemos na fé e na esperança aquilo que um dia veremos plenamente. Ensina o cristianismo que em Jesus Cristo, apesar de vivermos na limitação do tempo, já somos eternos, porque somos filhos da Deus. É por isso que os cristãos já sabem ser ressuscitados e a morte não pode lhes separar de Cristo, como proclama Paulo Apóstolo.
O Ressuscitado não é um sobrevivente, por isso os discípulos demoram a reconhecê-lo, diferentemente de Lázaro, cujo ressuscitamento produziu o reconhecimento imediato e geral. Este último voltou a viver confinado à velha criação. Jesus Cristo, ao contrário, ressuscita e aparece na potência da nova criação. Ele é um homem novo, o primogênito da nova criação, o início da nova humanidade. A morte significa que a vida não é eterna, e a ressurreição significa que a morte não é eterna. Somente a vida nova é eterna.
Este é o sentido de nosso ser mortal: uma vida alienada de Deus não tem futuro. Eternizar esta vida seria eternizar suas contradições, suas culpas, o mal praticado e sofrido: seria eternizar a morte. Pelo fato de nossa vida ser mortal e limitada, somos levados a desejar uma vida que dure para sempre, por isso deve ser mudada, transformada.
Encontro discute as novas gerações - Com palestra de abertura do presidente do Instituto do Cérebro (InsCer), Dr. Jaderson Costa da Costa, está sendo realizada até esta quinta-feira (14) no Seminário São José, de Gravataí, a Assembleia anual do Clero da Arquidiocese de Porto Alegre. Em sua apresentação, Dr. Jaderson conduziu os presentes à reflexão sobre as transformações da sociedade a partir das novas gerações. "Estamos convivendo com a geração Z e Alfa, que possuem modelos mentais completamente diferentes dos adultos e idosos de hoje. Não toleram a demora, são multitarefa e consomem informação fragmentada", explicou o pesquisador. "E estas mudanças, que já repercutem inclusive na formação dos cérebros humanos, que não podem ser rotuladas como boas nem ruins. Precisamos saber observá-las e procurar oferecer às crianças e aos jovens o que a tecnologia não substitui, como o carinho e a empatia". O evento reúne mais de 200 integrantes do Clero, principalmente sacerdotes das das mais de 160 paróquias da região.
Missa na Catedral celebra Dia Mundial do Pobre - Será celebrado no dia 17 de novembro, com Missa na Catedral Metropolitana, às 16h, o Dia Mundial do Pobre. A Arquidiocese de Porto Alegre convida a todas as equipes de caridade de todas as paróquias e entidades católicas a se mobilizarem, com as pessoas assistidas, e participarem da celebração. No mesmo dia, às 14h, na Praça da Matriz, ocorrem apresentações artísticas, ofertas de serviços e exposição das produções da caridade das paróquias. A mensagem do Papa Francisco para o III Dia Mundial dos Pobres, que será celebrado no dia 17, recorda que a promoção dos pobres, mesmo social, não é um compromisso extrínseco ao anúncio do Evangelho. Com o tema “A esperança dos pobres jamais se frustrará”, o texto traz uma comparação entre a situação do pobre no tempo do salmista e a situação atual. Nele, o papa constata que pouco mudou. Francisco também cita as “muitas formas de novas escravidões”, como famílias obrigadas a deixar a sua terra; órfãos que perderam os pais; jovens em busca duma realização profissional; vítimas de tantas formas de violência, da prostituição à droga; sem esquecer os milhões de migrantes instrumentalizados para uso político.
Economia de Francisco - Jovens economistas, empresários, doutorandos e pesquisadores de até 35 anos vão se reunir por três dias em Assis, cidade da região da Úmbria, na Itália, em março de 2020, para tratar de uma economia que inclui e não exclui. O evento intitulado “Economia de Francisco. Os jovens, um pacto, o futuro”, de 26 a 28 de março, já recebeu a adesão de de 500 mil inscritos. Segundo o VaticanNews, os pedidos chegaram de mais de 45 países entre os quais, Brasil, Angola, Portugal, Cuba, Japão, Arábia Saudita e Estados Unidos. O site do evento: www.francescoeconomy.org já alcançou 2 mil inscritos.
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