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Olhar da Fé

- Publicada em 24 de Julho de 2019 às 16:19

Amar e ser amado

Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre
Por Dom Jaime Spengler, arcebispo metropolitano de Porto Alegre
 O amor entre homem e mulher é expressão perfeita do próprio amor; ultrapassa a força da vontade e da inteligência. Trata-se de uma dimensão da existência humana que necessita de cuidado, disciplina e purificação para proporcionar ao ser humano não o prazer de um instante, mas um indício de plenitude da existência.
A experiência de autêntico amor entre o masculino e o feminino concede, de algum modo, aos envolvidos pregustar o infinito, a plenitude, o eterno. Não se pode simplesmente seguir o instinto. Urge cultivar a necessária coragem para suportar as necessárias e salutares renúncias que o instinto exige para que o amor humano se complete e se expresse na sua plenitude, ou seja, no encontro entre o masculino e o feminino.
O amor humano não é coisa, mercadoria ou o resultado de processos biológicos e neuronais, ou realização de papéis. É que o ser humano existe sempre ou como varão ou como mulher. Ele nunca se esgota em si mesmo. Ele tem sempre diante de si o outro modo. A dualidade masculino-feminino é uma riqueza e um limite, pois expressa a necessidade ou capacidade de sair de si para ir ao encontro do diferente de si, em vista da própria realização ou plenificação.
Numa sociedade marcada pelo cansaço onde a pessoa é avaliada apenas pelo seu desempenho, o outro não importa. Nesse contexto, se impõe a cupidez e o pornográfico que desconsideram a dignidade do outro. Impõem-se assim a ditadura da subjetividade que imagina comandar o próprio destino e por isso, esquiva-se de considerar, avaliar e reconhecer aspectos importantes da própria existência humana até ser confrontada com a realidade. Mas haverá tempo para as necessárias avaliações e revisões?
“O amor é mais forte que a morte” (Ct 8,6). Esse princípio poderia orientar a sociedade na construção de caminhos para a superação da multiplicação de casos de automutilação, suicídio e drogadição entre adolescentes e jovens, órfãos filhos de pais vivos.
É necessário reconhecer que a família constituída pelo encontro do masculino e do fminino é o centro de amor por excelência.
45 anos do Movimento CLJ - Neste mês de julho celebrou-se os 45 anos do CLJ, o Curso de Liderança Juvenil, da Arquidiocese de Porto Alegre, o mais numeroso movimento jovem da Igreja Católica na Região Sul do país. Na Arquidiocese, o CLJ está dividido em 4 Vicariatos, por meio dos quais reúne mais de 2 mil jovens, em 79 paróquias. O movimento nasceu em 14 de julho de 1974, fundado pelo então padre Zeno Hastenteufel (atual bispo da Diocese de Novo Hamburgo), na Igreja São Pedro (bairro Floresta, na capital), a partir de um retiro preparado para os jovens crismandos. Com a bênção do então arcebispo, o Cardeal Vicente Scherer, logo firmou-se como movimento Arquidiocesano, instalando-se em inúmeras paróquias.
Projeto Igrejas Irmãs - Criado em 1972 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Projeto Igrejas Irmãs segue enviando, há quase 50 anos, leigos, padres e religiosos em missão para todo o Brasil. Neste mês de julho, o seminarista Edivan Machado de Oliveira, da Diocese de Osório, foi enviado para experiência missionária à Prelazia de Itacoatiara, pertencente à Província Eclesiástica de Manaus, no Estado do Amazonas. No dia 9 de agosto é a vez da advogada, mestra em Direitos Humanos, Fernanda Lowe, da Diocese de Santo Ângelo, partir em missão. Ela embarca para Marabá (PA), onde deve ficar pelo período de um ano. O projeto é uma forma de solidariedade e de comunhão entre as igrejas, onde uma diocese olha para as necessidades de outra e se dispõe a ajudar.
Carta do Papa ao presidente da Síria - Desde o início do Pontificado, o papa Francisco implora pela paz na Síria (Oriente Médio). Na segunda-feira (22), por meio de carta entregue pelo cardeal Peter Turkson ao presidente daquele país, Bashar Hafez al-Assad, o Santo Padre manifesta a sua profunda preocupação pela situação humanitária na Síria, com particular referência às dramáticas condições da população civil em Idlib. A cidade de Idlib, a noroeste da Síria, é a última região no país dominada pelos rebeldes e continua sob controle sobretudo de militantes islâmicos que estão cada vez mais pressionados por forças do governo sírio apoiadas pelo Irã e pela Rússia. A carta, segundo informado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, externa em especial a preocupação do papa com "as crianças encurraladas sob os intensos bombardeios, muitas testemunhas de fé sequestradas e assassinadas, com os refugiados e os deslocados que fogem da guerra e da violência que 'apenas cria novas feridas, cria novas violências'".
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