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- Publicada em 17 de Setembro de 2020 às 22:03

Roteiro de vinho e solidariedade

Beatriz Dreher Giovannini

Beatriz Dreher Giovannini


/IVAN MATTOS/ESPECIAL/JC
O complexo enogastronômico Don Giovanni, uma das mais tradicionais vinícolas do RS, em Pinto Bandeira, já optou pelo Selo Turismo, plenamente adaptado para o turismo nesta fase da pandemia. O protocolo para turistas é um dos itens que integram a recepção nos quartos da pousada, salientando para os cuidados durante a hospedagem. Cuidados que se estendem por todas as ações dos fundadores, o simpático casal Ayrton Giovannini e Beatriz Dreher Giovannini. Bita, como é mais conhecida, está dedicada atualmente ao projeto Pontos de Afeto, que desde março recolhe peças de crochê que foram doadas, aplicadas em almofadas e postas à venda em diversas lojas de Bento Gonçalves e região. A renda será destinada à Abraçaí, entidade que atende 250 crianças em situação de vulnerabilidade social. Crochês herdados de mães, avós e tias saem das gavetas e baús e se transformam em solidariedade.
O complexo enogastronômico Don Giovanni, uma das mais tradicionais vinícolas do RS, em Pinto Bandeira, já optou pelo Selo Turismo, plenamente adaptado para o turismo nesta fase da pandemia. O protocolo para turistas é um dos itens que integram a recepção nos quartos da pousada, salientando para os cuidados durante a hospedagem. Cuidados que se estendem por todas as ações dos fundadores, o simpático casal Ayrton Giovannini e Beatriz Dreher Giovannini. Bita, como é mais conhecida, está dedicada atualmente ao projeto Pontos de Afeto, que desde março recolhe peças de crochê que foram doadas, aplicadas em almofadas e postas à venda em diversas lojas de Bento Gonçalves e região. A renda será destinada à Abraçaí, entidade que atende 250 crianças em situação de vulnerabilidade social. Crochês herdados de mães, avós e tias saem das gavetas e baús e se transformam em solidariedade.

História e gastronomia

Na entrada do velho casarão datado de 1930, que serve de sede para a pousada, pavões recepcionam os hóspedes que desfrutam de um ambiente decorado com móveis e objetos antigos, de maneira personalizada e muito aconchegante. Entre os itens de charme do local, dirigido pelo atual proprietário Daniel Panizzi, está uma cabana instalada em um antigo estábulo reformado que possui uma vista privilegiada para os vinhedos do local. No restaurante, no subsolo do casarão, a estrela do cardápio é o risoto de alcachofras acompanhado de frango feito na cerveja, com passas de uva e cebolas carameladas. Os temperos, hortaliças, alcachofras e legumes são produzidos no local.

Produção biodinâmica

Ali nos 17 hectares de vinhedos, tudo parece estar em harmonia. A produção anual de 120 mil garrafas, sendo 70 mil de espumantes, é baseada na viticultura sustentável, ecologicamente correta e sem utilização de fertilizantes químicos (o adubo é feito na propriedade com resíduos e esterco de animais). O ambiente harmônico se prolonga nas ações de combate às moléstias com a plantação de girassóis, ao redor dos vinhedos, atraindo passarinhos, insetos e fungos que atacam as flores, poupando a maturação das uvas, pois as duas florescem na mesma época, entre dezembro e janeiro. O manejo biodinâmico permite colher frutas de maior qualidade.

Tradição familiar

Beatriz já nasceu inserida no mundo dos vinhos e destilados. Integrando a quarta geração da família, que iniciou com a produção do conhaque Dreher, Bita já desempenhou muitas tarefas dentro de seus negócios. Além de participar da colheita, atuou na recepção aos hóspedes da pousada, nas vendas e cuidando dos detalhes que fazem inesquecíveis as festas de casamento e aniversários citados nos incontáveis comentários deixados em seus livros de recados. Entre as opções de passeios, de gastronomia e degustações de vinhos, o empreendimento se revela um ótimo destino na retomada do turismo pela serra gaúcha.