Enfim o grande acordo

Ao contrário da aposta de alguns, dentre eles, o presidente Donald Trump, a tendência não é da volta ao bilateralismo e protecionismo, ou dos acordos só entre dois países, mas do reforço ao multilateralismo, de acordos entre blocos de países, como o da União Europeia com o Mercosul. E, que vai além do livre comércio, de tarifas, para uma associação econômica. A rápida mudança de opinião do presidente Jair Bolsonaro, garantindo a manutenção do Brasil no Acordo de Paris, exigido pelo presidente Emmanuel Macron da França, é uma amostra disso. E, mesmo no aspecto puramente comercial, o caminho a ser andado principalmente pelo Brasil é longo. Aliás, o próprio acordo prevê este gradualismo. Afinal, trata-se de um caminho de duas vias - facilidades daqui para lá e de lá para cá - que encontra o Brasil menos preparado.