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Minuto Varejo

- Publicada em 24 de Maio de 2022 às 16:31

Rede gaúcha lança segunda coleção com design e resgate da cultura indígena

Wanessa (em pé) fez os desenhos inspirados em elementos de povos como de Luana Kaigang

Wanessa (em pé) fez os desenhos inspirados em elementos de povos como de Luana Kaigang


MONJUÁ/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
A rede gaúcha de moda que expandiu do interior para Porto Alegre vai repetir a aposta de roupas engajadas na cultura indígena e com resgate de ancestrais das etnias que habitam o Estado. A segunda coleção da Monjuá, com sede me Três Passos e com filial no polo comercial da avenida Azenha, na Capital, já está à venda nas 78 unidades e é assinada por uma artista descendente de guaranis.
A rede gaúcha de moda que expandiu do interior para Porto Alegre vai repetir a aposta de roupas engajadas na cultura indígena e com resgate de ancestrais das etnias que habitam o Estado. A segunda coleção da Monjuá, com sede me Três Passos e com filial no polo comercial da avenida Azenha, na Capital, já está à venda nas 78 unidades e é assinada por uma artista descendente de guaranis.
Wanessa Ribeiro é a autora da nova série que foi chamada de Terra Original, que é assinada com a Monjuá e Dewaneios, marca da artista. 
No fim de 2021, a marca lançou a primeira coleção, que começou a ser vendida exclusivamente na loja da Azenha. Foi a Vy’apa, que significa felicidade. Habitantes de aldeias dos Mbyá Guarani, em Barra do Ribeiro, fizeram os desenhos que depois foram estampados em camisetas, calças e acessórios. 
Wanessa diz, em nota enviada à coluna, que as estampas contam histórias.
"Costumo trazer referências ancestrais na minha arte e me inspiro muito na minha avó e em mulheres mais velhas, nas árvores, que nos dão sombra e que nos fazem virar semente. Eu quero trazer símbolos que são nossos, da nossa terra, para valorizar o que é nosso e não ficarmos em uma outra narrativa, de outra cultura. A ideia é valorizar nossa força, nossa beleza, o que a gente tem”, descreve a artista.
A nova coleção tem blusa, calça, vestido e jaqueta jeans e uma peça "agênero", que pode ser usada por todos, com opções disponíveis em diversos tamanhos, explica a rede de moda. Cada item recebeu uma estampa diferente.
Nas ilustrações, os clientes vão encontrar temas como coletividade, simbolizada por corpos e plantas que estão em equilíbrio, erva-mate, trazendo um ícone da cultura regional e animais. como o tatu, que trazem mais elementos visuais. As peças custam de R$ 139,90 (blusa) a R$ 219,90 (jaqueta jeans).
Os materiais usados na confecção são de fibras de madeira de reflorestamento, fios de garrafa PET descartadas e algodão certificado. "Houve cuidado com a redução de consumo e reuso da água, utilização de fontes renováveis de energia e lenha ecológica, além do manejo adequado de resíduos líquidos e sólidos", informa a Monjuá.
A produção usou ainda produtos químicos livres de metais pesados e outros elementos nocivos à saúde, acrescenta a rede. A atuação com insumos com este perfil ganha cada vez mais espaço no varejo de moda. 
“Esse lançamento marca mais um passo para nos tornamos referência em valorizar essas culturas ancestrais a partir da beleza", diz o CEO da Monjuá, Felipe Bender, em nota.
Na primeira coleção, parte dos ganhos da venda foi compartilhada com aldeias envolvidas no projeto. Na nova rodada, a rede explica que selecionou e contratou a artista indígena, assim como os modelos que estão na campanha, como Luana Kaigang, de uma comunidade Kaingang e que é estudante de Odontologia, e Leocir Ribeiro, também kaigang e estudante de Medicina.   
Vídeo da rede apresenta a coleção com ilustrações inspiradas nos elementos e valores das culturas indígenas.  
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