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Minuto Varejo

- Publicada em 17 de Março de 2022 às 21:21

Renner tem receita de R$ 9,5 bilhões em 2021, puxada pelo avanço no online

Para 2022, a maior varejista de moda do Brasil prevê abertura de 40 lojas das quatro bandeiras

Para 2022, a maior varejista de moda do Brasil prevê abertura de 40 lojas das quatro bandeiras


Helena Hilka/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Patrícia Comunello
A Lojas Renner, maior varejista de moda do Brasil e com sede no Rio Grande do Sul, tirou boa parte do atraso na receita da operação em 2021. Os números do balanço vieram com evolução em todas as frentes, com destaque para o front digital. A receita líquida total somou R$ 9,5 bilhões, alta de 43,5% e 12,8%, respectivamente, sobre 2020 e 2019, aponta o balanço divulgado na noite desta quinta-feira (17).
A Lojas Renner, maior varejista de moda do Brasil e com sede no Rio Grande do Sul, tirou boa parte do atraso na receita da operação em 2021. Os números do balanço vieram com evolução em todas as frentes, com destaque para o front digital. A receita líquida total somou R$ 9,5 bilhões, alta de 43,5% e 12,8%, respectivamente, sobre 2020 e 2019, aponta o balanço divulgado na noite desta quinta-feira (17).
Já as vendas em mesmas lojas cresceram 40,1% e 6,1%, respectivamente ante 2020 e 2019. No relatório da companhia de capital aberto, é destacado que o "desempenho foi superior ao Índice PMC do Vestuário (Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE), de 19,7%, evidenciando o contínuo ganho de market share no período".
Para este ano, o fôlego da varejista será mostrado em expansão, com abertura de 40 novas lojas entre Renner, YouCom, Ashua e Camicado. Em 2021, a rede fechou o ano com 636 unidades, acima de 606 de 2020, portanto 30 a mais.
A Renner, bandeira mais antiga, tem 404 lojas e teve o maior acréscimo, de 21 (392 no Brasil, 8 no Uruguai e 4 na Argentina). A Camicado tinha 119, com seis a mais, e a YouCom, com 104, cinco novas no ano passado. A marca de plus size soma nove lojas. A  Camicado abriu a primeira do ano no Shopping Pelotas, na Zona Sul, nesta quinta-feira.
Um dos números mais relevantes foi o valor de vendas nos canais digitais (GMV, sigla usada pelas empresas). O GMV chegou a R$ 1,6 bilhão, 49,9% superior a 2020, que já vinha com impulso ao online devido à pandemia. O primeiro ano da crise sanitária já tinha injetado alta de 242,8% sobre 2019 no negócio digital.
"O digital cresce de forma robusta e já responde por 13,5% da receita total, ganhando cada vez mais relevância. Triplicou de participação na pandemia", pontua o diretor administrativo e financeiro (CFO), Daniel Martins dos Santos. Outro indicador que o mundo digital olha com lupa é o número de usuários ativos mensais (MAU), na sigla em inglês de Monthly Active Users, que teve a liderança a varejista de moda, diz a companhia.
Um número que valida a arrancada digital é representado pelo crescimento de clientes omnichannel, que compram em todos os canais, da loja física ao digital, ou vice e versa, que teve alta de 46%. "As compras respondem por 30% da receita total, além de ser o cliente com mais fidelidade com a marca. Queremos aumentar mais esta base", adianta o CFO.
Neste quesito, Martins aponta que pesam a favor da Lojas Renner o conhecimento no chamado lifestyle das coleções para se diferenciar de concorrentes que cada vez entram mais no mercado de moda, como Magazine Luiza e Mercado Livre.
Mas o executivo admite que, frente a concorrentes mais diretas e que ampliam a presença, inclusive com anúncio de abertura de loja física no Brasil, como a chinesa Shein, o desafio para a marca gaúcha será captar tendência entre consumidores e ter mais rapidez para levar novidades ao mercado. "Essa é a fortaleza delas (concorrentes asiáticas)", indica Martins. Parte dessa expertise vem da eficiência em fazer a leitura do comportamento e preferência nas redes sociais.
O diretor destaca ainda para o desempenho geral é feito ainda melhor gestão de remarcação e diz que, em 2022, vão fazer diferença, para aportar mais agilidade e tecnologia na logística e abastecimento de lojas, a entrada em operação do novo centro de distribuição (CD), em Cabreúva, em São Paulo, no segundo trimestre.
O lucro líquido, que ficou em R$ 633 milhões, 42,2% abaixo do ano anterior, que somou R$ 1,1 bilhão. Sobre este resultado, a explicação é frisada no relatório. Em 2020, houve o ingresso de mais de R$ 633,1 milhões de uma ação que questionava a base de cálculo do ICMS sobre valores recolhidos de PIS/Cofins.   
Ao comentar o êxito, uma observação foi feita sobre a atuação dos escritórios da companhia na China e em Bangladesh, "que trouxeram flexibilidade e segurança ao abastecimento dos produtos importados". Na pandemia, o suprimento de materiais, principalmente do exterior, foi um gargalo para o varejo em todos os segmentos.
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