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Minuto Varejo

- Publicada em 10 de Janeiro de 2022 às 19:39

Comércio da Azenha se assusta com aumento da violência e cobra segurança pública

De janeiro a novembro de 2021, houve 18 roubos a estabelecimentos no trecho mais comercial

De janeiro a novembro de 2021, houve 18 roubos a estabelecimentos no trecho mais comercial


ANDRESSA PUFAL/JC
Patrícia Comunello
Tem uma máxima que circula no que é considerado o segundo maior comércio de rua de Porto Alegre, atrás apenas do Centro Histórico. "É difícil encontrar quem não foi vítima." O "vítima" é de uma lista de crimes que o varejo da região vem sendo alvo de forma crescente, justamente quando se registra um ressurgimento da atividade no pós-pandemia. 
Tem uma máxima que circula no que é considerado o segundo maior comércio de rua de Porto Alegre, atrás apenas do Centro Histórico. "É difícil encontrar quem não foi vítima." O "vítima" é de uma lista de crimes que o varejo da região vem sendo alvo de forma crescente, justamente quando se registra um ressurgimento da atividade no pós-pandemia

VÍDEO DO MV: Novidades no varejo da Azenha

A coluna Minuto Varejo mostrou que a Azenha recebe novas operações. Pelo menos mais de dez marcas abriram desde o começo de 2021 até o começo desta semana. Desde outubro, ocorre maior aceleração da chegada de varejos e serviços em diversas áreas. São lojas, salão de beleza, supermercado, academia, cooperativa de crédito, açougue e até aluguel de depósito. 
"A situação é desesperadora", define o lojista Pedro Sasso, família veterana de Azenha e com duas unidades no trecho. Sasso diz que a violência é de dia e de noite, quando ocorrem preferencialmente arrombamentos e furtos de fios de cobre e tubos de ar condicionado, materiais que são valorizados no mercado de venda ilegal.
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Sasso mostra os registros no grupo de WhatsApp que os lojistas usam para relatar ataques. Fotos: Patrícia Comunello/Especial/JC
"A moda agora é roubar ar condicionado", diz Milene Roese, dona da Renê Calçados, loja que está há 34 anos na avenida. Em outubro de 2021, Milene transferiu a operação para o lado oposto da avenida - passando da calçada à direita, no sentido Centro-bairro, para a esquerda. Ela queria fugir das lembranças do pai, que morreu em agosto, e do aluguel mais caro, mas tinha outro bom motivo:
"Fomos assaltados nove vezes na outra loja", recorda a lojista, há mais de 20 anos na região, que já viu  região sofrer com a violência, mas garante que a tensão ligada à insegurança aumentou.  
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Depois de 34 anos na região e nove assaltos nos anos recentes, loja de calçados mudou de lado na avenida 
Ao meio-dia de 31 de dezembro, último dia do ano, um funcionário da rede nacional Ponto (Via, também dona da Casas Bahia) foi abordado por um homem armado, na porta da loja. O ladrão limpou a bancada de aparelhos celulares. 
Números da Secretaria de Segurança Pública apontam 18 casos de roubo a estabelecimento comercial de janeiro a novembro de 2021, ante cinco no mesmo período de 2020. Foram 27 em todo 2019, ano sem pandemia.
Empreendedores e gerentes de operações mantêm um grupo no aplicativo WhatsApp para troca de informações. O fluxo diário de postagens é frenético, com relatos de quem é a vítima mais recente, postagens de imagens (vídeo e fotos) de atitudes suspeitas de frequentadores da região e até os ataques propriamente ditos. As queixas recaem sobre a circulação de usuários e traficantes de drogas. 
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Boi de Ouro instalou 60 câmeras, após primeiro roubo, e Martins diz que seguranças já evitaram assaltos em vizinhos
A casa de carnes Boi de Ouro, que tem como sócio o jogador do Grêmio Douglas Costa, foi alvo de ladrões quando estava em obras. Eles levaram fios elétricos, gerando prejuízo de R$ 2 mil. Resultado: para prevenir ataques quando o açougue abrisse, que ocorreu em dezembro, foi montado um bunker de segurança, com 60 câmeras de vídeo e monitoramento 24 horas. A conta mensal é de R$ 20 mil.
"É um custo alto, quem não pode pagar, quebra com o prejuízo dos assaltos", lamenta Martins. "A gente vê todo dia relatos de furtos. A Panvel, aqui perto, sofreu três ataques. Evitamos esses dias o assalto à Loja Linna, aqui ao lado. Conseguimos avisar a Brigada Militar a tempo", conta o diretor financeiro da Boi de Ouro, Marcos Martins. 
A coluna procurou a Panvel, que não quis comentar a situação da violência na região. A Benoit, que fechou sua loja durante a pandemia, disse que os frequentes ataques, com roubos de eletrodomésticos, pesou na decisão de sair do local. Onde era a Benoit entrou no começo de dezembro a primeira filial da rede do interior Monjuá, que não escapou dos criminosos e teve roubo de fios do ar condicionado semanas depois de abrir. 
Os comerciantes cobram medidas da área de segurança, seja a municipal como a estadual. Reunião em novembro na Câmara de Vereadores reforçou os pleitos. O policiamento de brigadianos é feito durante o dia, quando o comércio está aberto. Há casos de pequenos furtos e até ameaças. A reportagem flagrou a vigilância em diversos dias, mas os varejos dizem que precisa ter monitoramento noturno.
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Lojistas querem posto da BM em imóvel que está abandonado e que seria usado para ladrões acessarem outras construções
"Tem cada vez mais lojas boas vindo para cá, mas cada vez mais elas sofrem com vandalismo, com assaltos", lamenta Sasso. A sugestão é que a unidade seja instalada em um imóvel que está abandonado, no número 1018, ao lado da Monjuá, onde chegou a ter um restaurante solidário montado por voluntários, hoje desativado. A casa tem janelas abertas. 
"Precisa de um posto permanente da BM aqui. Podia ser instalado nessa casa", sugere um gerente de varejo na região. Na edição de amanhã, confira o que os órgãos de segurança falam sobre medidas e os impactos da violência que afetam a economia da região. 
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