Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Minuto Varejo

- Publicada em 15 de Dezembro de 2021 às 17:22

FCDL-RS e Pucrs esperam alta no varejo gaúcho e reversão de década perdida em 2022

Koch (à direita) avalia que setores mais prejudicados com restrições terão mais demanda

Koch (à direita) avalia que setores mais prejudicados com restrições terão mais demanda


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
O varejo do Rio Grande do Sul deve se sair melhor do que o do Brasil em 2022, com reforço de vendas de segmentos como confecções e calçados e impulsionado no Estado por fatores como bom desempenho do agronegócio e também nas exportações. A projeção foi feita nesta quarta-feira (15) pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS) em parceria com a Escola de Negócios da Pucrs.
O varejo do Rio Grande do Sul deve se sair melhor do que o do Brasil em 2022, com reforço de vendas de segmentos como confecções e calçados e impulsionado no Estado por fatores como bom desempenho do agronegócio e também nas exportações. A projeção foi feita nesta quarta-feira (15) pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS) em parceria com a Escola de Negócios da Pucrs.
O que acende o sinal de alerta é o patamar de juros, que deve se manter acima de 10% até 11% em 2022. O presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, criticou a elevação da taxa Selic para conter a inflação, devido aos efeitos para financiamento do consumo, e indicou o "remedinho" contra as taxas.
Segundo Koch, o modelo que a FCDL-RS vem orientando para entidades nas regiões do Estado, baseado no cadastro positivo, com análise da trajetória de pagamentos pelos consumidores, seria o mais adequado. A FCDL-RS fez acordo com a Quod, birô de análise de crédito que pertence aos maiores bancos do País. Antes, a federação utilizava o SPC Brasil. 
Para 2022, há ainda a expectativa de manutenção do ritmo de geração de vagas, que, em 2021, ostentou melhor desempenho percentual no Estado frente ao mercado nacional. o comércio chegou a um estoque de 626,5 mil postos até outubro passado, com alta de 4,1% frente ao mesmo período do ano anterior.
Para o próximo ano, Koch, avalia que setores que foram mais prejudicados com as restrições nas lojas físicas na pandemia, como os de calçados, confecções e acessórios, terão mais demanda. Koch também espera maior demanda para móveis e outros itens para atender a entrega de imóveis novos.  
O Produto Interno Bruto (PIB) também vem terá uma dianteira, mesmo que pequena. O indicador no País poderá subir 1,2% e no Rio Grande do Sul, 1,8%, sinalizou o economista e professor da Pucrs Gustavo Inácio de Moraes. O economista citou ainda que o mercado de trabalho gaúcho vem mostrando mais qualidade, em nível de remuneração, frente a outros estados como o Paraná, com economia muito semelhante ao da gaúcha.  
Moraes chamou a atenção para o que ode ser o fim de um período de baixas taxas de crescimento. A expectativa é de retorno em 2022 de percentuais maiores, que foram verificados no período anterior a 2014.  
Gustavo Inácio de Moraes, por sua vez, destaca que o crescimento esperado para 2022 sinaliza o fim da década perdida, pois deve superar os níveis de vendas reais equivalentes ao ano de 2014 no caso do varejo geral e os níveis de 2013 no caso do varejo ampliado. "O ano de 2022 vai marcar a superação da década perdida", sustenta o economista.
Sobre o próximo ano, o professor faz uma ressalva com dose de alerta para os varejistas. Os juros mais altos e a perda de renda podem elevar as taxas de inadimplência. "Isso exige uma gestão mais detalhada do endividamento", recomenda ele. 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO