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Minuto Varejo

- Publicada em 12 de Dezembro de 2021 às 20:33

Presidente da Lebes: 'Não existe isso de loja física ou digital. O consumidor compra onde é mais fácil'

Presidente da rede gaúcha descreve como a tecnologia está mudando o negócio

Presidente da rede gaúcha descreve como a tecnologia está mudando o negócio


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
"Não existe isso de loja física ou digital. O consumidor vai comprar onde for mais fácil."
"Não existe isso de loja física ou digital. O consumidor vai comprar onde for mais fácil."
A frase de Otelmo Drebres, presidente da Lojas Lebes, soa como óbvia, resultado de mais de um ano de uma corrida alucinada pela transformação digital no setor. Mas não é bem assim.
O empresário, que dirige a empresa gaúcha de capital familiar com 65 anos e mais de 200 lojas físicas no Estado e em Santa Catarina, conta que a rede sofreu bastante quando o comércio fechou, pois quase não estava presente no digital.
Aliás, justamente na pandemia, estava programada a virada da chave, com adoção de um novo sistema para gerenciar a relação com os clientes (CRM), condição para lastrear o uso de soluções digitais com mais eficiência em todas as frentes.
"Tivemos muita dificuldade em 2020, a queda foi de 15% nas vendas. Como decidimos manter a estrutura (lojas, pessoas e investimentos), este ano viemos forte e vamos crescer 30% a 40%, mais que recuperando as perdas" , descreve o presidente.
A receita bruta nominal de R$ 1,4 bilhão no ano passado deve chegar a R$ 1,8 bilhão. Além disso, o nível de investimento deve se manter entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões em novas lojas - seis a oito em Santa Catarina porque Drebes diz que o tamanho na operação gaúcha está adequado -, reformas e tecnologia.
Este último destino é o foco que pauta todo o resto. A rede, diz Drebes, mergulhou forte nas soluções que unem todas as pontas de contato com os consumidores. “Eles escolhem por onde querem comprar, receber o produto e pagar. Essa é a mudança que está havendo”, resume.
O presidente defende ainda que, para sustentar as demandas, físico e digital precisam andar juntos. “O virtual não vai travar a expansão física. Os dois vão ser complementares.” O mais difícil, observa o filho do fundador da rede, Otelio Drebes, será oferecer variedade, preço, forma de pagamento e de entrega.
Outra frente de atuação, que não implica em nova área nem empresa, mas convergência de negócios, é um aplicativo que pretende reduzir a ociosidade no transporte. A solução acaba de ir ao mercado, após três anos de testes na rotina do centro de distribuição da varejista em Gravataí, na Região Metropolitana.
"Foi como um MVP (Minimum Viable Product, em inglês) ou mínimo produto viável", compara o empresário, referindo-se a processos comuns em startups ou para novos negócios em empresas em que se aplica a ideia em realidades mais controladas ou com menor alcance para verificar a viabilidade ou mercado para a solução.
Drebes explica que o app vai possibilitar que transportadores - seja o motorista ou empresas do setor - possam disponibilizar sua capacidade e até mesmo ofertar preços mais em conta. 
"Percebi que algo estava errado ao observar o fluxo de chegada e saída dos caminhões no CD. Entrava veículo cheio e outro saía vazio, após descarregar", descreve ele.
"O aplicativo segue o conceito de inteligência logística, para aproxima embarcador e transportador e reduzir o número de veículos rodando vazios. A ideia é atuar na geração de receita para os motoristas e empresas. O caminhão que andaria vazio pode ter um frete menor e o inverso também", aposta Drebes. 
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