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Minuto Varejo

- Publicada em 08 de Dezembro de 2021 às 09:22

Vendas do comércio sobem 1,6% no RS e caem 0,1% no Brasil em outubro

Varejo gaúcho interrompeu dois meses seguidos de recuo (de 1,8% em setembro e 5,3% em agosto)

Varejo gaúcho interrompeu dois meses seguidos de recuo (de 1,8% em setembro e 5,3% em agosto)


ANDRESSA PUFAL/JC
Patrícia Comunello
Outubro deu uma trégua na queda das vendas do comércio no Rio Grande do Sul. O desempenho veio com um gosto de "tirar o atraso", em parte, pelo menos, frente aos números ruins de agosto e setembro.
Outubro deu uma trégua na queda das vendas do comércio no Rio Grande do Sul. O desempenho veio com um gosto de "tirar o atraso", em parte, pelo menos, frente aos números ruins de agosto e setembro.
O varejo gaúcho em geral teve alta de 1,6% em outubro frente a setembro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE. O Estado interrompeu dois meses seguidos de recuo, que foi de 1,8% em setembro e de 5,3% em agosto.
Já no País o setor varejista teve leve queda, de 0,6% no mesmo confronto. Em setembro, a redução ficou em 1,3%.
No comércio ampliado, que abrange venda de veículos e de materiais de construção, o avanço chegou a 2,2% no Rio Grande do Sul. Em setembro, os setores tiveram queda de 0,4%, e de 6% em agosto. No Brasil, as vendas neste recorte da PMC caíram 0,9%, mais que o comércio em geral.

Melhor do que o Brasil, em outubro

O setor do Rio Grande do Sul veio melhor que as demais economias com maior peso no cenário nacional, que tiveram recuos ou crescimento pífio no comércio.
São Paulo, maior PIB brasileiro,  avançou apenas 0,1%, que é uma estabilidade, depois de duas quedas seguidas. Mas as vendas caíram no Rio de Janeiro (-2,2%), Pernambuco (-1,9%), Minas Gerais (-0,9%), Santa Catarina (-0,8%) e Paraná (-0,2%).    
Também no comércio ampliado os demais estados mostraram menos vigor e todas as maiores mostraram queda: São Paulo (-0,1%), Rio de Janeiro (-5%), Minas Gerais (-2,2%), Pernambuco (-0,6%), Paraná (-1,8%) e Santa Catarina (-0,6%).
No Brasil, cinco das oito atividades pesquisadas tiveram queda no confronto com 12 meses antes: livros, jornais, revistas e papelaria (1,1%), móveis e eletrodomésticos (0,5%), combustíveis e lubrificantes (0,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,1%). Altas foram verificadas na venda de tecidos, vestuário e calçados (0,6%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,6%).

Varejo no RS frente a outubro de 2020

No desempenho do varejo mais geral, que não inclui veículos e construção, e com comparação apenas com outubro de 2020, combustíveis ostentam o melhor desempenho entre segmentos com mais peso em gastos, com alta de 4%. Também com maior impacto no volume, supermercados tiveram queda de 3,1%.
Também com desempenho negativo, estão móveis e eletrodomésticos com recuo de 20,1% e tecidos, confecções e calçados, com 2,2% de redução no volume de vendas. O comércio de equipamentos e materiais para escritório caiu 20,3%. Com crescimento, vieram artigos de perfumaria e farmácia (8%), livros (1,5%) e artigos pessoais (26,5%). 
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"Resultado já demonstra que o último trimestre de 2021 deve ter resultados mais animadores", projeta Koch. Foto: Claiton Dornelles/Arquivo/JC
No conceito ampliado, há ainda queda frente a outubro de 2020, de 2,5%. Já veículos chegaram a um recuo de 5,3% no volume comercializado, e materiais de construção, de 15,1%.  
Diante dos números, o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch, destaca a reação das vendas em outubro. "Esse resultado já demonstra que o último trimestre de 2021 deve se caracterizar por resultados mais animadores para o varejo do Estado", aposta Koch.
Na cesta de fatores que influenciaram a última PMC, o dirigente inclui o avanço da vacinação, a maior circulação de consumidores, o crescimento da geração de novos postos de trabalho e a demanda reprimida. Para o desempenho do fechamento do ano, Koch opina que as vendas da Black Friday e o pagamento do 13º salário e do Auxílio Brasil (ex-Bolsa Família), que começa este mês, devem puxar mais o desempenho.
O economista chefe da CDL Porto Alegre, Oscar Frank, observa que números do setor gaúcho acima de outros estados podem ser efeito de uma recuperação de parte da redução acumulada nas vendas em agosto e setembro, que chegou a 6,4%. No Brasil, a queda nos dois meses anteriores ficou em 4,1%.
"Nossa base recente era mais fraca, então se tornou mais fácil gerar um avanço", conclui Frank. Os dados do varejo ampliado, mesmo um pouco acima, ainda estão 3,2% abaixo do desempenho de fevereiro de 2020, pré-pandemia.
O resumo é: "Temos uma dificuldade estrutural de crescer após superarmos o pior momento da pandemia", analisa Frank.
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