O maior case brasileiro de moving de um data center, ou seja, de transição das operações de um ambiente para outro. Desta forma o Banrisul sintetiza o trabalho feito para colocar no ar o Data Center Margarete Venzke Fenner, com uma capacidade total de armazenamento de 6 petabytes e processamento de mais de 25 milhões de instruções por segundo.
A inauguração oficial aconteceu nesta terça-feira (17), direto do local onde foi construído o prédio, que passa a ser a infraestrutura principal de missão crítica do banco, localizado no bairro Teresópolis. O ambiente já está em operação desde setembro de 2021.
O diretor de Tecnologia da Informação e Inovação do Banrisul, Jorge Krug, lembra que no dia após a migração, ele chegou em uma reunião de diretoria e perguntou: ninguém percebeu nada de diferente no sistema, nenhuma instabilidade, mesmo que momentânea? “Todos me olharam com estranhamento e disseram que estava tudo certo, que não tinham percebido nenhum problema. Essa foi a maior prova que a migração havia sido um sucesso”, recorda.
De fato, não são raros os casos de instituições financeiras e companhias de outros setores que sofreram com problemas durante a migração de seus data centers no passado. É comum, nestas situações, as instabilidades prejudicarem o funcionamento dos sistemas de tecnologia e afetarem os clientes.
“O data center entrou em operação sem nenhum solavanco. Já é um grande case de sucesso, e resultado do trabalho de três gestões do banco”, destacou o presidente do Banrisul, Claudio Coutinho.
O nome do data center, Margarete Venzke Fenner, celebra a ex-superintendente do Núcleo de Estratégia e Monitoramento do Banrisul, que faleceu em 2020 e nesta terça recebeu homenagens emocionadas dos ex-colegas. Coutinho descerrou uma placa, ao lado do pai da homenageada, Silvino Fenner.
O data center foi concebido para concentrar as melhores práticas do mercado e atender o que há de mais moderno em gestão de ativos de tecnologia da informação. Alta disponibilidade, confiabilidade, segurança, resiliência e sustentabilidade são pontos que características do novo ambiente.
É uma edificação de missão crítica. “É um ambiente projetado para funcionamento ininterrupto, mesmo durante procedimentos de manutenção ou falta de fornecimento de energia elétrica. Isso eleva a qualidade do atendimento prestado lá na ponta, aos nossos 4 milhões de clientes”, destaca Krug. Ocupa uma área de 3 mil m² e é de padrão internacional, sem falar que é o primeiro de classificação Tier 3 do Rio Grande do Sul, projetado para suprir a demanda pelos próximos 30 anos.
“Essa data center nos coloca em um novo patamar e é uma resposta ao aumento das transações dos últimos anos. Hoje em dia os clientes realizam mais transações e por muitos canais, e precisamos estar cada vez mais preparados para isso”, diz Krug.
Durante o evento, o presidente da IBM no Brasil, Marcelo Braga, destacou a robustez deste projeto. “Somos parceiros de longa data do Banrisul e esse novo data center representa o nível mais alto de tecnologia, resiliência e disponibilidade. O banco conseguiu fazer uma transição muito bem sucedida, resultado de muito planejamento, teste e preparação”, destacou.
O ambiente foi projetado para operar com o menor consumo possível de ar condicionado. O sistema de Chillers instalado utiliza a refrigeração a ar – dispensando o consumo e desperdício de água potável para este fim. Há, ainda, a captação da água da chuva para uso em banheiros. Para viabilizar a climatização adequada, o prédio emprega de forma pioneira o sistema Free Cooling, possibilitando o uso do ar externo para refrigeração, reduzindo significativamente o consumo de energia.
Os sistemas de automação permitem a análise em tempo real de todos os parâmetros do data center. Em caso de incêndio, o problema é detectado de forma precoce, com rápida resposta, a fim de prevenir riscos a pessoas e danos aos bens protegidos.