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Mercado Digital

- Publicada em 22 de Dezembro de 2021 às 21:34

Mercado de startups cresce quase 30% no setor de energia

Descarbonização e eficiência energética estão entre as categorias mais promissoras

Descarbonização e eficiência energética estão entre as categorias mais promissoras


AdobeStock/Divulgação/JC
As startups com soluções para o mercado de energia estão em franca expansão no Brasil, com crescimento de 29,82% no número de operações atendendo esse mercado entre dezembro de 2020 e outubro de 2021. Atualmente, são 201 ativas, sendo que quase 18% são voltadas para eficiência energética, 20% para geração compartilhada e 15% para Data Analytics.
As startups com soluções para o mercado de energia estão em franca expansão no Brasil, com crescimento de 29,82% no número de operações atendendo esse mercado entre dezembro de 2020 e outubro de 2021. Atualmente, são 201 ativas, sendo que quase 18% são voltadas para eficiência energética, 20% para geração compartilhada e 15% para Data Analytics.
Os dados fazem parte do relatório "Mercado de Energia no Brasil", com informações mapeadas pelo Startup Scanner, ferramenta desenvolvida a partir de uma parceria entre a Liga Ventures e a PwC Brasil.
“A quantidade de startups ativas está alinhada com o momento do Brasil. Um exemplo é o Data Analytics. Hoje as empresas trabalham com perfil de dados, mercado consumidor e isso precisa de inteligência de gestão de dados. Existe também a questão da e-mobilidade, o uso de baterias, ou seja, um mercado que olha para a descarbonização. Há startups pensando nisso também”, explica o sócio da PwC Brasil, Ronaldo Valiño.
Para uma startup ter um negócio viável no mercado, explica, é preciso determinar qual seu foco de atuação, conhecendo o setor para melhor entender os riscos e necessidades. “Hoje o setor de energia precisa conhecer o seu cliente. A transição energética impacta em toda cadeia, então é necessário utilizar essas tecnologias para acelerar essa mudança”, ressalta. Em 2020, o Brasil foi um dos países com maior investimento em energia eólica e em 2021 o Nordeste conseguiu ser autossuficiente em energias renováveis.
As operações de fusões, aquisições e investimentos entre estas empresas foi outro dado que chamou a atenção no estudo. O valor movimentado foi de R$ 217,6 milhões, em um total de oito transações. As startups envolvidas foram fundadas entre 2016 e 2019, atuam em gestão de consumo, comercialização e financiamento de energia, geração compartilhada e Data Analytics e utilizam tecnologias como energia fotovoltaica e smart meter em suas soluções.
O estudo revela, ainda, que houve um baixo grau de inatividade das empresas analisadas. Dos mais de 220 participantes, apenas 11,84% foram considerados inativos, ou seja, não apresentaram traços de atividade nos últimos 12 meses, foram compradas, ou deixaram de atender um ou mais critérios descritos no anuário. Essas startups inativadas têm em média 6,6 anos de existência.
“Se olharmos o ano cheio, houve um crescimento das startups considerando o período impactado pela pandemia e inatividade. A pandemia afetou todas as indústrias, seja de energia ou não. Houve dificuldade para captar recursos. Então o percentual das inativas é até baixo”, avalia Valiño.
Comercialização e Financiamento de Energia, Mobilidade Elétrica, Eficiência Energética, Geração Compartilhada e Gestão de Consumo são algumas das categorias avaliadas no estudo. Já entre os estados que possuem mais startups voltadas ao setor de energia no país, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, São Paulo e Santa Catarina saem na frente. Essas empresas desenvolvem tecnologias, principalmente em geração compartilhada, eficiência energética e gestão de consumo.
O sócio-diretor de Produtos e Inteligência de Mercados da Liga Ventures, Raphael Augusto, comenta que se aproximar destas inovações é uma condição estratégica para as empresas que pensam em acompanhar as mudanças do mercado. “É nessas operações que encontrarão a velocidade e a capacidade de se abrir novos negócios e conquistar os consumidores”, aponta.
A descarbonização e eficiência energética estão entre as categorias que mais evoluíram no estudo das startups em energia. De acordo com o ano de fundação, foram as empresas destinadas a e-mobilidade, aquelas que melhor atendem a metas de Net Zero, demonstrando alinhamento com as discussões da COP26.
“Esses são cenários que vão ao encontro das tecnologias que as startups dominam e ficam disponíveis para se tornar um negócio. Olhando e agindo com as startups, as empresas do setor de energia e aquelas que também querem aproveitar o setor, irão conseguir correr na frente destas transformações”, afirma Augusto.
Outro dado relevante encontrado no relatório diz respeito ao crescimento médio do número de funcionários. Atingidas pela crise hídrica e pela pandemia, as startups ativas de energia mapeadas pela Startup Scanner alcançaram um crescimento médio de 22,64% no número de funcionários de dezembro de 2020 a outubro de 2021, criando cerca de 960 novos empregos durante o período.
Cerca de 63,68% das startups ativas no mapeamento de energia da Startup Scanner contam com times de até 15 funcionários. Além disso, 7,96% das startups possuem mais do que 100 funcionários.
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