Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado Digital

- Publicada em 22 de Julho de 2021 às 21:17

Dados deverão ter vários "donos" nas empresas, aponta ThoughtWorks

Empresa aponta que descentralização permite geração mais ágil de insights

Empresa aponta que descentralização permite geração mais ágil de insights


ThoughtWorks/Divulgação/JC
Líder de pensamento na área de tecnologia, com uma intensa colaboração para a disseminação das metodologias ágeis no mundo, a ThoughtWorks sinaliza agora uma nova tendência no mundo da tecnologia: uma nova forma de as empresas gerenciarem os seus dados.
Líder de pensamento na área de tecnologia, com uma intensa colaboração para a disseminação das metodologias ágeis no mundo, a ThoughtWorks sinaliza agora uma nova tendência no mundo da tecnologia: uma nova forma de as empresas gerenciarem os seus dados.
Um artigo publicado por Zhamak Dehgani, diretora de tecnologias emergentes da empresa, apresenta ao mercado o conceito do Data Mesh (malha de dados), que promete ser um novo paradigma em arquitetura de dados. O objetivo é facilitar a descentralização dos dados das corporações. É o oposto das arquiteturas centralizadas, baseada em data warehouse ou data lake,
A visão por traz desse avanço é a de que, embora existam muitos investimentos para criação de plataformas para capturar dados, muitas empresas não conseguem implementar uma cultura na prática.
Segundo a pesquisa do NewVantage Partners, realizada com executivos de dados e tecnologia de 85 instituições, o número de empresas que investiram mais de US$ 50 milhões em iniciativas de Big Data/IA foi de 64,8% em 2020. Porém, a criação de uma organização data-driven caiu: em 2020 era de 37.8% enquanto 2021 foi para 24%.
Para o diretor de Data & AI da ThoughtWorks Brasil, Wigor Correia, o Data Mesh representa uma mudança de paradigma. “É uma visão que faz muito sentido para as empresas modernas que querem usar dados para serem mais competitivas, pois muda a forma como os times de dados se organizam e também de como isso pode gerar mais ao valor negócio”, explica.
Um dos principais impactos da descentralização dos dados é permitir o cruzamento de informações de forma mais ágil e, assim, gerar insights para a tomada de decisão de forma mais rápida e eficiente. “Isso se torna mais importante ainda nos dia de hoje, já que as corporações precisam lidar com muitos produtos digitais”, observa.
O Data Mesh não deve ser visto apenas como uma solução técnica, como também organizacional, já que propõe um modelo evolutivo pode habilitar as empresas a se tornarem organizações verdadeiramente orientadas por dados.
Alguns pilares sustentam essa mudança da forma de encararmos os dados em relação ao modelo atual. O primeiro deles é a organização dos dados por domínio de negócios. Uma empresa de telecom, por exemplo, pode definir diversos domínios, como o de atendimento ao cliente. É o próprio “dono” dessa área que irá acessar as informações necessárias para a tomada de decisão. Ou seja, elimina-se aqui a prática de ter uma única área de dados da empresa, geralmente liderada pelo CDO, concentrando tudo.
“A ideia é ter vários donos, que vão analisar e distribuir os dados. O CDO segue sendo um importante, mas não mais como habilitador do processo, e sim como a pessoa que vai ajudar a construir os produtos de dados”, projeta Correia.
E é justamente aí que entra um pilar importante decorrente do conceito de Data Mesh: a possibilidade de criação de produtos de dados. Na medida em que cada setor da corporação passa a olhar para as informações com uma visão estratégica, isso pode levar a criação de muitas possibilidades. No exemplo da empresa de telecom, o domínio de atendimento ao cliente pode resultar e um produto de reclamações de clientes via call center ou por mídias sociais.
“O tema ainda é relativamente novo, mas muitas empresas já estão usando os princípios de data mesh, inclusive, claro, a própria ThoughtWorks. Um dos nossos clientes nos Estados Unidos, já conta com mais de 350 produtos de dados organizados em diversos domínios”, revela Correia.
O Data Mesh leva a uma infraestrutura de self sevice, uma simplificação da maneira dos times, donos de domínios, se auto-servirem da plataforma. E, por fim, tem o pilar da governança de maneira federada. “A responsabilidade de analisar os dados será e cada dono do domínio. A empresa deverá ter políticas globais, mas não deve interferir na especificidade dos domínios”, sugere o gestor.
As empresas interessadas neste modelo, segundo ele, devem começar entendendo o Data Mesh e a mudança de paradigma que provoca. “Ao descentralizar e dividir responsabilidade, as pessoas vão poder participar do todo. É uma forma diferente de olhar os dados”, explica.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO