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Mercado Digital

- Publicada em 31 de Março de 2021 às 10:17

Furnas cria laboratório de prototipagem para acelerar projetos de colaboradores

Peixoto conta que times estão sendo preparados para construir os seus próprios negócios

Peixoto conta que times estão sendo preparados para construir os seus próprios negócios


Furnas/Divulgação/JC
Quatro projetos criados por colaboradores de Furnas, e desenvolvidos para solucionar dores sentidas por eles no dia a dia da operação, estão prestes a se tornar uma startup, com opção de compra futura pela companhia. Subsidiária do grupo Eletrobras, Furnas atua na geração, transmissão e comercialização de energia elétrica e está presente em 15 estados e no Distrito Federal.
Quatro projetos criados por colaboradores de Furnas, e desenvolvidos para solucionar dores sentidas por eles no dia a dia da operação, estão prestes a se tornar uma startup, com opção de compra futura pela companhia. Subsidiária do grupo Eletrobras, Furnas atua na geração, transmissão e comercialização de energia elétrica e está presente em 15 estados e no Distrito Federal.
“Temos um esquadrão interno montado para fazer esse modelo inédito e desafiador de intraempreendedorismo se tornar realidade até terceiro trimestre de 2021”, aponta o gerente de Desenvolvimento e Inovação de Capital Humano e líder de inovação aberta de Furnas, Thiago Peixoto. Esses quatro projetos somam, juntos, um valuation estimado de R$ 20 milhões.
O ponto de partida é a preparação e a transformação em uma empresa das ideias vencedoras da Olimpíada Nacional de Inovação das Empresas Eletrobras. O programa de intraempreendedorismo contou com 198 colaboradores inscritos das oito empresas do grupo, que foram desafiados a criar soluções para problemas que eles identificaram na empresa.
A partir das ideias geradas, o passo seguinte seria a sua transformação em protótipos. E foi aí que veio a percepção que existiam limitadores internos para que esses projetos avançassem. É o caso, por exemplo, da necessidade de abrir uma requisição para a criação do software e seguir na esteira de todos os demais projetos de Furnas.
“Com isso, aquele grupo de inovadores engajados, que maratonou durante dois meses para estruturar uma proposta e desenvolver o MVP, acabava perdendo o ânimo ao descobrir que demoraria de seis meses a um ano para ter a sua solução desenvolvida pela TI ou pela fábrica de software”, analisa Peixoto.
Como existia essa dificuldade de recrutar recursos internos para construir os produtos, a decisão foi por qualificar e empoderar um grupo de colaboradores inovadores e empreendedores a fazer isso. Em 2020 foi assinado um protocolo de intenções para a criação de uma venture builder, a primeira em uma empresa de economia mista e em um mercado controlado, como o de energia.
Para apoiar essa iniciativa, Furnas conta com a parceria de players do mercado, como é o caso da GROW+, aceleradora de startups e gestora de investimentos que nasceu em Porto Alegre e hoje tem atuação nacional.
“Pesquisamos o mercado, entramos em contato com várias empresas e vimos que, como era um tema novo, muitos não entendiam direito o que a gente queria. A GROW+, então, captou a ideia e desenvolvemos juntos o lab de prototipação”, conta o gestor de Furnas.
Seguindo o conceito de lean startup, foi construído um espaço de aprendizado que possibilitou a validação das hipóteses dos intraempreendedores por meio da criação de protótipos dos projetos de inovação aberta propostos.
O CEO da GROW+, Paulo Beck, comenta que houve uma verdadeira renovação da cultura organizacional das equipes de Furnas a partir do uso das metodologias ágeis. “As pessoas foram preparadas para resolver os problemas corporativos com criatividade e integração, e tudo de forma colaborativa”, ressalta.
Para o executivo mesmo sendo uma empresa com algumas amarras, já que é estatal, conseguiu fazer o que todas as corporações desejam hoje em dia. “Tirar do papel boas ideias, prototipar e colocar no mercado em alta velocidade é o suprassumo da inovação. E eles fizeram isso com maestria”, ressalta Beck.
Depois da etapa de prototipação, os colaboradores passam pela jornada do empreendedor, na qual são preparados para fazer essas ideias chegarem ao mercado. A parceria neste caso é com a Booming. “O grande desafio é conduzir o processo de desenvolvimento de intraempreendedores em uma sociedade de capital misto, algo incomum no Brasil, e muito diferente dos programas de inovação conhecidos e já praticados no mercado de empresas privadas”, destaca o CEO da empresa, João Braga.
Pelo modelo idealizado, o empreendedor colaborador funda a sua startup e recebe de Furnas esse apoio que precisa para fazer o projeto escalar – a empresa de energia, por sua vez, depois passa a ter a opção de compra de uma parte da operação. “Tudo ainda é muito novo e estamos estudando melhor como será feito, mas já é uma quebra de paradigma. É o que eu chamo de uma endostartup, ou seja, uma startup que nasce a partir da vontade dos colaboradores fundarem e se tornarem os sócios majoritários do novo negócio”, destaca Peixoto.
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