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Mercado Digital

- Publicada em 27 de Novembro de 2020 às 13:02

Nem toda empresa que apoia a inovação é inovadora, diz Foster

Para especialista, reconstrução dos negócios pós-pandemia passa por criatividade e diversidade

Para especialista, reconstrução dos negócios pós-pandemia passa por criatividade e diversidade


Arquivo pessoal/Divulgação/JC
Não basta fazer um hackathon ou uma chamada de startups. Mesmo que esse seja um passo importante e válido para as organizações que buscam se transformar digitalmente, existe uma longa distância até estarem, de fato, inovando.
Não basta fazer um hackathon ou uma chamada de startups. Mesmo que esse seja um passo importante e válido para as organizações que buscam se transformar digitalmente, existe uma longa distância até estarem, de fato, inovando.
O alerta é de Lucas Foster, que desde 2010 lidera programas de educação empreendedora e liderança criativa em parceria com organizações nacionais, internacionais e agências do sistema ONU. “Nem toda empresa que apoia os movimentos de inovação é inovadora. Existem muitas iniciativas reais acontecendo no Brasil, mas, também há uma necessidade de muitos acionistas e diretores mostrarem que estão fazendo algo. E os programas de inovação aberta são a solução mais simples de dizer que estão inovando”, ressalta.
Foster foi um dos “provocadores” do BS Festival, que aconteceu essa semana de forma 100% o-line, e abordou temas como empreendedorismo, economia criativa e empoderamento.
Formado em psicologia e especialista em liderança criativa, Foster falou sobre o momento que estamos vivendo, com a pandemia. Na sua visão, a criatividade sempre serviu para o desenvolvimento de tecnologias que ajudaram a sociedade a superar os desafios da natureza. E deverá ser assim agora novamente, com os cientistas ajudando a criar a vacina.
Essa visão seguirá sendo necessária para a retomada, de forma a permitir a reconstrução dos negócios. “A criatividade é a matéria-prima para a criação de inovações que mantenham as pessoas vivas e negócios sustentáveis”, projeta.
A Covid-19 trouxe a necessidade de inovação e adaptação, mas, em muitos aspectos, ele acredita que o Brasil está sendo mal sucedido. “Vidas e negócios foram colocados em risco. Esse cenário de destruição que teremos no pós-pandemia não é só resultado do vírus, mas da incapacidade de liderança desse cenário”, analisa.
Para Foster, o futuro passa por líderes e empreendedores tendo que reconstruir os seus negócios e olhar para uma agenda de longo prazo. E sempre considerando temas como a construção de novos modelos de negócios a partir da inclusão de talentos e o estabelecimento de novas parcerias. “Precisamos incorporar valor intangível através de diversidade e da sustentabilidade. Estamos vivendo a morte de um modelo para o renascimento de outro”, acredita.
Cada vez mais, equipes diversas, líderes tolerantes, mais momentos de trocas e novos espaços de criação serão fundamentais para estimular que as empresas que estão pensando no futuro não só cumpram as metas, mas sejam capazes de pensar e trazer soluções e inovações mais rapidamente.
“Muitos negócios estavam acomodados, baseados nas relações estabelecidas no passado, mas aí veio a crise econômica dos últimos anos e a pandemia. Podemos construir um novo momento, mas isso depende da nossa capacidade de inconformismo e da valorização da criatividade, da inovação e da colaboração”, projeta ele, que é o idealizador do Prêmio Brasil Criativo, reconhecido como a premiação oficial da Economia Criativa brasileira pelo Ministério da Cultura com o apoio institucional da Unesco.
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