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Mercado Digital

- Publicada em 09 de Outubro de 2020 às 16:10

Temporada de final do ano deve repetir fenômeno de vendas pela internet, projeta Google

Para Melchert, foco na hiper conveniência e hiper cuidado é grande tendência para varejo

Para Melchert, foco na hiper conveniência e hiper cuidado é grande tendência para varejo


Google Brasil/Divulgação/JC
A Black Friday de 2020 será menos sobre comprar somente o que está com um super desconto e mais sobre fazer bons negócios. Essa é a aposta do head de negócios para Varejo do Google Brasil, José Melchert. A gigante de tecnologia realizou essa semana um evento on-line para apresentar as principais tendências para a temporada de compras de 2020, que se inicia em novembro com a Black Friday. A empresa também anunciou que vai permitir que varejistas e marcas exibam seus produtos gratuitamente na aba do Google Shopping. A verdade é que a pandemia fez com que boa parte dos brasileiros atravessasse a fronteira que os separava dos canais de compra digitais. O Ebit reportou 7,3 milhões de novos e-shoppers no primeiro semestre de 2020, crescimento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado. Outra pesquisa, Google e realizada pela Ipsos aponta que 57% dos brasileiros dizem comprar mais on-line agora do que antes da pandemia.
A Black Friday de 2020 será menos sobre comprar somente o que está com um super desconto e mais sobre fazer bons negócios. Essa é a aposta do head de negócios para Varejo do Google Brasil, José Melchert. A gigante de tecnologia realizou essa semana um evento on-line para apresentar as principais tendências para a temporada de compras de 2020, que se inicia em novembro com a Black Friday. A empresa também anunciou que vai permitir que varejistas e marcas exibam seus produtos gratuitamente na aba do Google Shopping. A verdade é que a pandemia fez com que boa parte dos brasileiros atravessasse a fronteira que os separava dos canais de compra digitais. O Ebit reportou 7,3 milhões de novos e-shoppers no primeiro semestre de 2020, crescimento de 38% em relação ao mesmo período do ano passado. Outra pesquisa, Google e realizada pela Ipsos aponta que 57% dos brasileiros dizem comprar mais on-line agora do que antes da pandemia.
Jornal do Comércio – O varejo foi um dos setores que mais precisou se readaptar com a pandemia. A reação das grandes empresas e também do pequeno varejo a esse cenário foi a esperada?
José Melchert – O varejo brasileiro já vinha caminhando a bons passos em sua maturidade digital ao longo dos últimos anos. No momento em que muitos se viram com as lojas físicas fechadas, houve uma aceleração enorme. As empresas que já estavam na jornada da transformação fizeram uma rápida virada de chave. Muitos ajustes foram feitos pelo varejo em um curto espaço de tempo para que a experiência seja cada vez mais pessoais, seguras, flexíveis e satisfatórias. Como exemplo está o atendimento de vendedores de loja como consultores do e-commerce e de aplicativos, o segmento de moda oferecendo até 90 dias para trocas, além de carteiras digitais e possibilidade de uso do auxílio emergencial. Essa nova fase, para muitos deles, trouxe novas práticas que serão aplicadas daqui para frente. As decisões hoje precisam ser tomadas rapidamente para responder a velocidade que tudo está acontecendo.
JC – Você acredita que a internet se consolidou, de fato, como ferramenta essencial para as vendas?
Melchert – Uma pesquisa encomendada pelo Google e realizada pela Ipsos, entre 24 e 27 de setembro com 1 mil pessoas, aponta que 57% dos brasileiros dizem comprar mais on-line agora do que antes do cenário de Covid-19. Percebemos que, com a evolução da pandemia do coronavírus, muitas empresas brasileiras multiplicaram seus esforços para, por meio da internet, continuarem conectados aos seus clientes neste período de distanciamento social. A internet também já era importante para a operação das empresas, mas se transformou em ferramenta fundamental conforme a pandemia evoluiu. Temos feito a nossa parte nisso. Desde antes da pandemia, o Google é um parceiro das empresas em sua jornada digital. O oferecemos ferramentas gratuitas, como o Google Meu Negócio, para ajudar as pequenas, temos times dedicados a oferecer insights de negócio e serviços para grandes empresas que usam Google Ads.
JC – O que o perfil de buscas feitas no Google diz sobre o comportamento dos consumidores e dos varejistas esse ano de pandemia?
Melchert – Se compararmos a semana da Black Friday de 2019 - que foi o pico de buscas no Google para 72% das macro categorias do varejo – com as buscas durante a pandemia, 19 das 29 categorias analisadas pelo Google já registraram um volume de buscas que supera a Black Friday de 2019. Esses dados são reflexos da chegada de novos e-shoppers e também do patamar de conhecimento dos já adeptos ao e-commerce. Esse consumidor aumentou a frequência das compras e tem maior abertura a experimentar tanto novas categorias, como marcas e varejistas. As categorias de Alimentos e Bebidas estão, hoje, em um novo patamar de buscas, 40% e 23% respectivamente acima da Black Friday de 2019.
JC – Qual a expectativa para a Black Friday e o Natal?
Melchert – Em um contexto de lojas fechadas e distanciamento social, o e-commerce registrou a sua maior alta histórica em 2020, com picos de crescimento nas datas sazonais, como Dia das Mães e dos Namorados. A temporada de compras de final de ano deve repetir esse fenômeno. Nós vemos uma nova relação do consumidor com o digital que, somada às mudanças de comportamento e o cenário atual, faz com que ele seja mais consciente de suas prioridades. Para ele, a Black Friday de 2020 será menos sobre comprar somente o que está com um super desconto e mais sobre fazer bons negócios. Por outro lado, é um momento de experimentação, de marcas, serviços e pagamentos, o que, somado a transformação digital recente e a tecnologia, traz muitas possibilidades de inovação nas formas de aproximar consumidores e marcas, levando às melhores ofertas.
JC – Quais as tendências de consumo do futuro?
Melchert – Do lado do varejo, temos três pilares que serão importantes para o futuro. Do ponto de vista do usuário, a personalização dos canais de compras para cada consumidor será mais importante ainda. Temos, então, a questão da experiência, no qual o papel da loja passa por uma ressignificação e haverá ainda mais foco na hiper conveniência e hiper cuidado. Além disso, há um novo conceito de live-commerce e das marcas cada vez mais estarem perto do consumidor. E, por fim, o pilar do varejo financeiro. O crescimento de carteiras digitais que vimos em 2020 deve se consolidar ainda mais agora que os consumidores começam a enxergar os benefícios. A novidade do PIX também deve movimentar bastante o setor.
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