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Mercado Digital

- Publicada em 17 de Agosto de 2020 às 14:02

Startups atraem, em julho, 81% menos capital que em 2019, aponta Distrito

Gierun chama atenção para a rodada do Nubank, de US$ 400 milhões em julho de 2019, que elevou o patamar

Gierun chama atenção para a rodada do Nubank, de US$ 400 milhões em julho de 2019, que elevou o patamar


Distrito/Divulgação/JC
O volume de venture capital investido nas startups brasileiras em julho de 2020 foi de US$ 87 milhões, distribuídos em 37 rodadas. Isso representa uma queda de 81% inferior em comparação aos US$ 462 milhões aportados no mesmo mês de 2019.
O volume de venture capital investido nas startups brasileiras em julho de 2020 foi de US$ 87 milhões, distribuídos em 37 rodadas. Isso representa uma queda de 81% inferior em comparação aos US$ 462 milhões aportados no mesmo mês de 2019.
Por outro lado, é 117% superior quando comparado aos US$ 40 milhões investidos em julho de 2018. Os números são do Inside Venture Capital Brasil, levantamento realizado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da empresa de inovação aberta Distrito.
O cofundador do Distrito, Gustavo Gierun, aponta um fator que pode indicar a razão para a queda nos investimentos em startups brasileiras na comparação entre julho de 2020 com o mesmo período do ano passado. Isso porque, em julho de 2019, aconteceu a rodada de investimento Series F do Nubank no valor de US$ 400 milhões. Essa captação concentrou 86% do volume investido naquele mês.
“Foi um investimento fora da curva e, se o considerarmos à parte, percebemos que o montante total de aportes realizados em julho de 2020 apresenta um número relevante e saudável para o ecossistema de startups do mercado brasileiro”, afirma.
Entre as principais rodadas mapeadas pelo Distrito ao longo de julho deste ano, um dos destaques foram os US$ 22,3 milhões para a corretora Warren, liderada por QED Investors. A outra foram os US$ 11 milhões para a gestora Magnetis, liderada por Redpoint eVentures e Vostok Emerging Finance – estas duas rodadas Series B.
Além destas, uma captação Series A também chamou atenção. A Solfácil, startup de financiamento para energia solar, recebeu um aporte de US$ 4 milhões liderado pela Valor Capital Group com a participação do Distrito Ventures.
Já no estágio Seed, um destaque é a rodada de US$ 900 mil para a healthtech Rapicare, com cheque liderado pelos fundos Canary, Norte Ventures e por cofundadores de Ifood, Creditas e Loggi. Também é notável a captação de US$ 987 mil para a Origem, em um aporte liderado pela Barn Investimentos com a participação da Cotidiano.
Nos primeiros sete meses de 2020, o acumulado de investimentos em startups é de US$ 997 milhões, em um total de 222 rodadas. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, nota-se uma queda de 49% ante o US$ 1,8 bilhão aportados até então. Apesar disso, o número de cheques realizados em startups até julho já é o maior da história do país.
Considerando todas as 222 captações, aproximadamente 76% dos investimentos foram realizados em estágios iniciais (Anjo, Pré-Seed e Seed). Entretanto, os cheques pagos em estágios mais avançados (Séries A, B, C e posteriores) representam 90% do capital investido.
Ao todo, 63 fusões e aquisições de startups foram realizadas ao longo dos sete meses, o que consolida 2020 como o maior ano com eventos deste tipo no mercado brasileiro. O número é 80% superior ao mesmo período do ano passado, quando 35 movimentações deste tipo haviam sido realizadas. Além disso, o mês de julho foi o que mais registrou ocorrências de fusões e aquisições até então, alcançando um total de 18, número 20% superior em comparação com o mesmo mês de 2019.
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